Ricardo Nicolau pede ocupação de andares em desuso do HPS da Zona Norte para combate ao H1N1

O deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD) propôs ao vice-governador e titular da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Carlos Almeida, que o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) da Zona Norte se torne um centro de referência para casos positivos pelo vírus da gripe Influenza A (H1N1). O parlamentar sugeriu que dois andares em desuso da unidade sejam reservados para o isolamento de pacientes, assegurando medicação e protocolos clínicos adequados.

A proposta foi feita na quinta-feira (28), na Audiência Pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), presidida pela deputada Dra. Mayara (PP). Manifestando interesse em atender à sugestão de Ricardo Nicolau, o vice-governador determinou à Secretaria Adjunta de Atenção Especializada da Capital da Susam uma análise de viabilidade da utilização dos pavimentos ainda inutilizados do HPS.

O parlamentar advertiu que um surto de H1N1 pode levar a rede estadual de Saúde ao colapso, tendo em vista que os hospitais se encontram superlotados, com altos índices de infecção hospitalar e não terão capacidade de atender a essa demanda. Para Ricardo Nicolau, a única maneira de evitar a proliferação do vírus será com a implantação de um centro de referência abastecido com o antiviral Tamiflu.

“O Hospital da Zona Norte é o único de toda a rede que não está ‘doente’, portanto o Governo do Estado deve se antecipar a esse grave problema que já está acontecendo em Manaus e no interior, e que deve se agravar ainda mais nos próximos dias. Até porque, dificilmente, irão conseguir separar enfermarias dentro das unidades para evitar a proliferação do vírus H1N1”, argumentou o deputado.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) na última quarta-feira, dia 27, estão confirmados 39 casos de Influenza A e 12 mortes por H1N1 no Amazonas. Dos óbitos, oito foram registrados em Manaus, dois em Manacapuru, um em Parintins e um em Itacoatiara.