UNIVERSITÁRIO, PAN-AMERICANO E OLIMPÍADAS: “A TOCHA QUE CLAREIA O CORAÇÃO”.

Olá, Salve, Salve!

Por: Dudu Monteiro de Paula

Os anos 75 e 76, deixaram duas belas lembranças na minha vida!

A primeira foi em 1975. Quando aluno de Engenharia da Universidade do Amazonas (hoje UFAM), jogando os JUAS na modalidade handebol, no Ginásio da Escola Técnica Federal do Amazonas (hoje IFAM).

Durante uma partida entre Ciências Exatas e Ciências Biológicas em determinado momento no contra-ataque, me projetei para dentro da área e o goleiro de biológicas (Evandro), saiu para defender. No choque, ele caiu com os joelhos sobre minha cabeça e desmaiei.

Os Atletas e o público em geral levaram um tempo para perceber, pois eu tinha o hábito de “fantasiar” as jogadas.

Ao perceberem o ocorrido, fui imediatamente atendido e levado ao pronto atendimento da Santa Casa de Misericórdia.

No hospital foi constatado um leve afastamento do osso parietal do occipital (caixa craniana). Nada que um descanso e a diminuição do hematoma na testa, não resolvessem.

Voltei ao normal depois de algumas semanas.

Foi a primeira vez que sofri um grave acidente no esporte, além do que todo Atleta tem: contusão, distensão, “rasgadura”, “desmintidura” e etc.

A segunda boa lembrança foi no ano de 1976. Quando aluno de Comunicação Social da Universidade do Amazonas (hoje UFAM), na área de Ciências Humanas fui escolhido para conduzir a Tocha Olímpica e ler o juramento do Atleta dos Jogos Universitários.

Uma honraria que poucos receberam ao longo da vida.

Muitos e muitos anos passaram.

Já Jornalista e Membro do Conselho Municipal de Esportes, fui um dos escolhidos para conduzir a Tocha dos Jogos PAN-AMERICANOS RIO 2007.

Era o número dois. Tive a honra de receber a Tocha 2007, das mãos do consagrado Amigo Amadeu Teixeira.

Corri (trotei), por duzentos metros e passei a Tocha, ao famoso e querido amigo Zezinho Corrêa.

Para mim era o ápice na minha carreira esportiva.

Mas, o destino ainda guardava mais uma grande homenagem para mim.

Em 2015, em pleno envolvimento preparatório para as OLIMPÍADAS RIO 2016, recebo um documento do Comitê Organizador das Olimpíadas solicitando o meu currículo, para a verificação da possibilidade de me tornar condutor da Tocha Olímpica.

Mal pude acreditar!

Imediatamente respondi a solicitação. Durante vários meses, vivi a expectativa de ser um dos selecionados: o que finalmente ocorreu no ano de 2016.

Para nós que vivemos no esporte, fora representar o seu país competindo, nada é mais honroso que conduzir a Tocha dos Jogos Olímpicos.

No dia que antecedeu o evento fiz uma tatuagem no meu braço direito (mão da tocha), com a árvore genealógica de meus parentes diretos, iniciando com o meus pais seguidos de irmãos e sobrinhos.

Éramos muitos durante a celebração!

O meu lugar para o recebimento da Tocha 2016, foi no início da Ponte dos Ingleses (Avenida Constantino Nery), indo até o Hiper CO (hoje Pátio Gourmet).

No estacionamento tive a honra de passar a Tocha ao Presidente da Coca-Cola do Brasil e lembro que o locutor me perguntou: – DUDU QUAL O CONSELHO QUE VOCÊ DÁ AO PRESIDENTE DA COCA-COLA?

Respondi: “DEIXE QUE SEU CORAÇÃO CONDUZA AS SUAS PERNAS!”

Estava profundamente emocionado!

Vi passar em minha mente, o ciclo de uma vida. Na verdade, só fui saber exatamente o que falei, quando revi as imagens no vídeo, apresentado posteriormente.

Na escalada da vida para mim houve: o início nos JOGOS DA UNIVERSIDADE DO AMAZONAS (JUAS); em seguida os JOGOS PAN-AMERICANOS RIO 2007 e; a culminância com os JOGOS OLÍMPICOS 2016.

Devo, fundamentalmente, à minha família e algumas pessoas a oportunidade de viver estes momentos.

Não conseguirei agradecer, pessoalmente, aos que me conduziram à estes belos momentos.

Portanto, com este artigo AGRADEÇO A TODOS que ajudaram no decorrer da minha vida!

Lembrar é sempre reviver a emoção desses belos, representativos e inesquecíveis momentos.

Obrigado meu DEUS por me cercar de pessoas tão maravilhosas.

Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuiiiiii!

Fotos: Arquivo Pessoal

Edição: Yêda Couto