Therezinha Ruiz pede comissão para buscar fim da greve dos professores

A deputada Therezinha Ruiz (PSDB), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) propôs a criação da comissão que vai analisar as reivindicações dos professores, em greve há 24 dias. A proposta foi defendida durante reunião de negociação realizada nessa terça-feira (7), entre lideranças sindicais representativas da categoria, parlamentares e com a presença do governador Wilson Lima, que manteve a proposta de 4,74% de reajuste salarial.

Representantes do Sindicato de Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) se comprometeram em dar uma resposta na próxima sexta-feira (10) sobre à contra proposta do Governo, com vistas a colocar um ponto final ou não à greve. O Sinteam marcou para esta quarta-feira (8) a assembleia geral que vai apreciar a contra proposta do Governo e definir encaminhamentos.

O governador Wilson Lima concordou com a proposta de reavaliação do valor do auxílio-localidade, da concessão de vale-transporte a professores com carga horária de 40 horas e com  a reavaliação do valor do auxílio-alimentação.

Wilson Lima disse que as reivindicações dos professores são justas, para uma categoria que há muito tempo não tem esses direitos respeitados, mas ressalvou que o Governo tem limitações financeiras e orçamentárias. Ele afirmou ainda que em outro momento também, será discutida a questão do plano de saúde, para ampliar o atendimento aos professores do Interior do Estado.

A comissão especial proposta pela deputada Therezinha Ruiz será formada por técnicos do Governo, representantes das entidades sindicais e da Comissão de Educação da Aleam. O objetivo é encontrar uma alternativa de ganhos que sejam viáveis para o Estado e que não infrinjam a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os trabalhos começam nesta quarta-feira (8), na sede da Sefaz, e deverão ser apresentados na sexta-feira.

Para a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, a reunião foi satisfatória  “Entendemos que essa comissão poderá ter um bom êxito para que possamos decidir sobre a questão da greve. A greve  foi inevitável, mas nós como categoria da educação entendemos que greve não é bom pra ninguém. Queremos voltar para as salas de aula e com a cabeça erguida, entendendo que o Governo fez por onde para respeitar e valorizar o profissional da educação”, afirmou

Em frente à sede do Governo, no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, um grupo de professores realizava uma manifestação, aguardando o resultado da reunião que começou por volta das 15h e entrou pela noite, Eles  pediam o reajuste salarial de 15%, sendo 3,93% referentes à reposição da inflação e 9,6% à perda do poder de compra no período de 2015 a 2018.