Recursos de PD&I promovem salto na oferta de qualificação de RH e alavancam o ecossistema de inovação da região

O trabalho desenvolvido a partir dos recursos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) na Amazônia, possibilitados pela Lei de Informática da Zona Franca de Manaus (ZFM), tem favorecido, ao longo dos anos, o fortalecimento da economia regional e o avanço de índices socioeconômicos locais. A oferta de vagas de emprego de qualidade na região, a consequente melhora da renda e a criação de cursos de capacitação e especialização que contribuem para a formação de profissionais de excelência são alguns dos exemplos que demonstram como a sociedade é a mais beneficiada pelas oportunidades que surgem.

Estes são alguns pontos destacados pela Associação do Polo Digital de Manaus (APDM) para ressaltar como as políticas públicas bem desenvolvidas podem promover mudanças positivas e significativas em uma região. “O ecossistema de inovação do Amazonas figura, hoje, entre os melhores do país. E devemos lembrar dos desafios logísticos e de infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação que temos na região, tanto pela sua dimensão, quanto pelo seu afastamento dos grandes centros brasileiros”, comenta Murilo Monteiro, diretor executivo da APDM.

Monteiro ainda afirma que “se temos hoje um lugar de destaque no cenário nacional, muito se deve aos investimentos de recursos de PD&I feitos na região, o que permite o crescimento e estabelecimento de startups, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e empresas de média-alta e alta complexidade, que promovem aumento na demanda por profissionais altamente qualificados para atender às demandas mundiais por inovação e alavancam os índices de intensidade tecnológica, inclusive nos colocando na liderança do ranking nacional neste quesito”.

Especialização

O retorno positivo dos investimentos de PD&I na região também promovem o avanço do ensino de qualidade na região, com a oferta de cursos de especialização (mestrado, doutorado) que põem os profissionais locais dentre os melhores do mercado mundial. Para fortalecer esse cenário, o gerente do Núcleo de Inovação do Sidia, Samy Assi, destaca a necessidade de realização de programas de mestrado e doutorado que permitam ampliar o número de profissionais de alta capacitação na região. Ele também comentou que o Sidia “tem buscado atuar com a UEA para contribuir com os programas da universidade no sentido de participarmos de cursos, palestras e seminários que tratem de tecnologias que são difíceis de se ver na região”.

Assi ainda reforçou a constante necessidade por mais pessoal capacitado para trabalhar no desenvolvimento de pesquisas necessárias ao avanço ainda maior do polo digital de Manaus. “Estamos buscando parceiros com a academia, também, para tentar atrair mais mestres e doutores em parceria com o Sidia, dentro dos nossos projetos, para trabalhar com os doutores que já atuam conosco e que precisam de suporte para avançar ainda mais em pesquisa e desenvolvimento, especialmente em áreas que precisamos de competências específicas”.

Para o diretor executivo da APDM, “devemos ter orgulho de dizer que os recursos humanos do Amazonas, hoje, são responsáveis por inovações disruptivas, pelo avanço do empreendedorismo inovador e, cada vez mais, são absorvidos por empresas internacionais e contribuem com o ecossistema global, muitas vezes sem nem precisar sair da região, devido às possibilidades que a tecnologia trouxe e que favorecem o trabalho remoto”.