‘Quem não denuncia é omisso e cúmplice’, diz deputada Alessandra Campelo ao falar de violência contra mulher

A violência contra a mulher novamente foi tema de debate na Assembleia Legislativa do Amazonas. Ao destacar a importância da denúncia para combater esse tipo de ocorrência, a deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos) lembrou que é dever de todos levar ao conhecimento das autoridades policiais os casos de agressão.

O pano de fundo da fala da parlamentar foi o caso ocorrido no último fim de semana, no Armando Mendes, Zona Leste de Manaus, em que um homem desferiu socos e enforcou sua companheira à luz do dia. A cena foi filmada e viralizou nas redes sociais.

Mesmo sem a denúncia formal da vítima numa delegacia especializada, a Procuradoria da Mulher da ALEAM “meteu a colher” no caso, pois qualquer pessoa pode denunciar esse tipo de violação de direito.

“O inquérito policial independe da vontade da vítima nos casos da Lei Maria da Penha. Qualquer pessoa pode denunciar: um vizinho, um parente, um amigo e até alguém desconhecido da vítima, como é o nosso caso. É dever de todos, mas especialmente das pessoas mais próximas que acompanham diariamente, cotidianamente o sofrimento dessa vítima. Quem não denuncia é omisso e cúmplice”, declarou a deputada durante a sessão desta terça-feira (20/02).

Quem pode denunciar?

Em conteúdo publicado na segunda-feira (19/02), a deputada explicou que é dever de todos, especialmente dos mais próximos, que acompanham o sofrimento da vítima, denunciar o caso à polícia, ao Ministério Público, à Justiça ou outro órgão de proteção às mulheres.

Tecnicamente falando, as ações penais referentes à violência doméstica são públicas incondicionadas, ou seja, são aquelas movidas pelo Ministério Público independentemente de representação da vítima, portanto independem da vontade da vítima. Assim, qualquer pessoa pode denunciar o caso, a fim de repelir a continuidade da agressão.

O Supremo Tribunal Federal estabelece que, nos casos de lesão corporal no âmbito doméstico, seja leve, grave ou gravíssima, dolosa ou culposa, a ação penal é sempre pública incondicionada, ou seja, independe da vontade da vítima.

Fonte: Assessoria Dep. Alessandra Campelo (Podemos)

Fotos: Miguel Almeida