Prefeitura realiza palestra sobre TDAH em parceria com a Liga Acadêmica de Educação da Ufam

A Prefeitura de Manaus, em parceria com a Liga Acadêmica de Neurociência (Lana), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizou na tarde desta segunda-feira, 23/9, a palestra interativa sobre o “Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: equívocos e desafios no diagnóstico do TDAH”, no auditório da Escola Superior de Tecnologia (EST), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na zona Centro-Sul.

 

O evento foi realizado pelas divisões de Gestão Educacional (Dege), e de Apoio Gestão Escolar (Dage), da Secretaria Municipal de Educação (Semed), em conjunto com o Centro Municipal de Atendimento Sociopsicopedagógico (Cemasp), e teve como proposta fornecer aos profissionais da rede municipal de ensino, suporte técnico pedagógico e colaborar de forma eficiente para que os alunos possam ser inseridos na educação formal da melhor forma possível, desenvolvendo corretamente suas habilidades.

 

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é o transtorno mais comum e frequente entre os alunos, sendo necessário desenvolver competências em sala de aula, fazendo com que os professores estejam capacitados ao se deparar com casos do tipo.

 

Para o palestrante convidado, Rockson Pessoa, mestre em Psicologia pela Ufam, há um exagero em atribuir tudo ao TDAH, nos casos em que o estudante tem problemas de aprendizado. “O TDAH de fato existe, mas é possível observar a existência de diagnósticos equivocados. Acredito ser importante resgatar a ideia de que existem crianças e que elas são saudáveis e que às vezes nós estamos equivocados quanto à patologia”, explicou.

 

Uma das maiores dificuldades enfrentadas por pessoas com transtorno é o preconceito. “Muitas das vezes as pessoas não entendem, acham que são crianças indisciplinadas, com ‘birra’, mas na verdade elas só precisam de um olhar diferenciado”, comentou a coordenadora pedagógica da Dage, Sued Araújo.

 

Outro aspecto que dificulta o tratamento é a falta de informação dos pais, que na maioria das vezes, não têm conhecimento de onde procurar apoio clínico ou pedagógico, dessa forma, a rede municipal atua para intermediar a informação, sendo uma ponte para auxiliar os pais no que for preciso.