Prefeitura e Comitê Paralímpico realizam segunda edição de festival com diversas atividades adaptadas

Mais de 200 crianças e adolescentes, de 10 a 17 anos, participaram da 2ª edição do Festival Paralímpico realizado neste sábado, 21/9, em comemoração ao Dia do Atleta Paralímpico. O evento aconteceu na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), bairro Coroado, zona Leste, e é uma realização do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em parceria com a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

 

Com o evento realizado em todo Brasil, Manaus foi uma das 70 cidades escolhidas para receber a programação do festival, com atividades como atletismo, bocha, voleibol sentado e coordenação logística. Todas as modalidades foram desenvolvidas por meio de jogos de iniciação para uma maior adaptação, como o boliche gigante que constou entre os jogos de iniciação à bocha. As atividades foram divulgadas em rede nacional, pela Rede Globo, com mobilização de todas as filiadas.

 

À frente da organização pela Semed, a coordenação dos Jogos Adaptados André Vidal de Araújo (Jaavas) iniciou os preparativos para o festival ainda em maio deste ano. Para isso, foram realizadas capacitações com acadêmicos das Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Ufam, Universidade Paulista (Unip) e Centro Universitário do Norte (Uninorte) sobre as orientações das modalidades que vão ser trabalhadas.

 

A coordenadora do Jaavas, Shirley Amaral, que pelo segundo ano consecutivo está na organização dos jogos em Manaus, disse que tudo é resultado do trabalho realizado pelo município com a Educação Especial, por isso a confiabilidade dos organizadores do CPB na equipe.“É evento que acontece em 70 cidades do Brasil e é muito grande. Para nós, da Semed, foi uma honra ter esse evento aqui e poder coordená-lo. O Jaavas é um dos maiores eventos do Amazona e isso mostra para o Estado e para o Brasil que a Semed realiza um trabalho de excelência com a Educação Especial”, comentou.

 

A dona de casa Lirian Campos de Souza, 19, irmã do aluno do 3º ano, Reinaldo Campos de Souza, 14, com síndrome de down, da Escola Municipal Rui Barbosa, Lima, bairro Armando Mendes, zona Leste, disse que ele participou pela segunda vez dos jogos e ficou feliz pela interação com outros alunos.“A importância desses jogos é que ele se integra melhor e participa. O desenvolvimento dele do ano passado até agora mudou muito, apesar de algumas dificuldades ele está evoluindo, principalmente na escola, onde está aprendendo mais. Isso é muito bom para ele, por isso, que me esforço para trazê-lo quando tem essas atividades”, disse.

 

A professora Monica Sounier Oliveira, da Escola Municipal Benjamim Matias Fernandes, no Viver Melhor, zona Norte, disse que a escola participou pela segunda vez da programação. Para educadora, levar os 10 alunos para se integrar nas atividades é algo que fica de aprendizado para eles.“Este festival nos traz muitos benefícios como a interação com outras crianças, com os nossos alunos, além da importância da família e da escola. É muito difícil os pais saírem com seus filhos para uma atividade externa e a participação deles aqui é muito boa. As atividades são adequadas para essas crianças”, falou.

 

Com participação livre e gratuita para as crianças, típicas ou atípicas, a intenção foi mobilizar pessoas com deficiência em todo país por meio das atividades. A expectativa do CPB foi atender aproximadamente 11 mil crianças nas 70 cidades do Brasil, sendo superior ao ano passado, quando contou com mais de 10 mil participantes.