Prefeitura de Parintins faz diagnóstico da produção indígena Sateré-Mawé no Rio Uaicurapá

A equipe técnica ouviu as necessidades dos indígenas para fortalecer a produção agrícola na região

Sete comunidades indígenas do povo Sateré-Mawé do Rio Uaicurapá, na região de Parintins, foram visitadas pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Pecuária, Agricultura e Abastecimento (Sempa). Realizada entre o fim de agosto e início de setembro, a ação da Prefeitura de Parintins foi executada após solicitação do tuxaua geral do Rio Uaicurapá, Azarias Ferreira.

A visita foi organizada pelas coordenações municipais de Produção Vegetal, Animal, Pesca e Piscicultura. A iminência da fome, com o aumento da população indígena e a diminuição de peixes no Rio Uaicurapá, assim como da caça, é um dos principais diagnósticos feitos pela Sempa nas aldeias Sateré-Mawé. A equipe técnica ouviu as necessidades dos indígenas para a produção de mandioca, macaxeira, cará, batata-doce, banana, cana-de-açúcar, ingá, abacaxi, café, graviola, açaí, bacaba, criação de aves, de suínos, e de peixe em tanque escavado ou tanque rede.

O tuxaua geral do povo Sateré-Mawé do Rio Uaicurapá, Azarias Ferreira, ressalta que esse trabalho é uma resposta do prefeito de Parintins, Bi Garcia, e do secretário da Sempa, Tião Teixeira, para colocar em prática um projeto pioneiro de incentivo à produção rural indígena. O secretário municipal de Pecuária, Agricultura e Abastecimento destaca que a Sempa prepara um plano de trabalho para apoiar o povo Sateré-Mawé do Rio Uaicurapá.

As áreas a serem atendidas são voltadas à produção agrícola, criação de animais de pequeno porte e piscicultura. A equipe técnica da Sempa esteve nas comunidades indígenas Nova Galileia, Vila Batista, Monte Carmelo, Vila da Paz, Nova Alegria, Monte Betel e São Francisco. Houve ainda a coleta de amostras de solo para teste de textura e infiltração, com o objetivo de delimitar áreas aptas à abertura de tanque escavado.