Prefeitura de Manaus realiza planejamento geral com professores indígenas dos espaços culturais da modalidade

Professores indígenas dos Espaços de Estudos de Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas (EELMCTI), da Prefeitura de Manaus, participaram, na manhã desta segunda-feira, 18/9, do planejamento geral da modalidade.

O encontro reuniu 20 educadores de cada espaço, na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), da Secretaria Municipal de Educação (Semed), sob a coordenação da Gerência de Educação Escolar Indígena (Geei).

Os espaços de estudos seguem a regulamentação da Lei Municipal nº 2.781, de 16 de setembro de 2021. Com um total de 20 espaços culturais, o planejamento geral visa a orientação pedagógica para realizar seu projeto específico, de acordo com a cultura das etnias da comunidade, onde os espaços estão localizados.

A assessora pedagógica da Geei, Cila Mariá de Oliveira, destacou a importância do trabalho realizado pela secretaria junto aos educadores indígenas que realizam o trabalho nos espaços culturais.

“É importantíssimo e fundamental, porque nós vamos fazer aqui, todo o mês, atividades que esses professores vão desenvolver nos seus espaços. Os educadores pensam em um projeto social todo início de ano e, mensalmente, eles desenvolvem atividades voltadas para esse projeto. Esse projeto gira em torno do resgate da língua e da cultura, eles desenvolvem exposições, mostras atividades voltadas para revitalização, jogos indígenas todos eles voltados para o projeto nos espaços de estudos”, contou.

A professora indígena Luarda da Silva Batista, da etnia apurinã, do EELMCTI Amrini Aruta Apurinã, bairro Mauazinho, zona Leste, foi uma das participantes. A educadora, que cuida de 15 alunos da etnia, desenvolve o projeto “Saúde na comunidade Kairi”.

“Esse planejamento que a gente faz aqui, passamos para os nossos assessores, que nos orientam como devemos lidar com o início do projeto. Todo ano, tem um projeto em que trabalhamos nos espaços. Com isso, planejamos o que vamos trabalhar. São várias temáticas, por exemplo, este mês, foi a planta da mandioca, onde vamos saber a importância da mandioca para o povo apurinã. O outro mês será um novo foco”, salientou.

Com o projeto “Artesanato Tukano”, a professora Inaira Melo, do Espaço de Estudo da Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas Branquinho, no Tarumã-Açu, zona ribeirinha, afirmou que é fundamental as informações do encontro para trabalhar, pedagogicamente, com os 20 alunos da etnia tukano na comunidade.

 

Fonte: Semed

Fotos: Eliton Santos/ Semed