Mais de 69 mil pessoas não tomaram a segunda dose da vacina no AM.
Na segunda-feira (12), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga anunciou que iria divulgar uma lista com o número de pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina contra o novo coronavirus.
Mais de 69 mil pessoas não tomaram a segunda dose da vacina no AM.
A lista saiu ontem (13) e nesse momento soa um alerta em todo o país sobre uma possível terceira onda com o vírus podendo se tornar mais forte e imune as atuais vacinas.
Pelos números da lista publicada, no Amazonas, mais de 69 mil pessoas não voltaram para se imunizar.
É consenso entre médicos e cientistas que o caminho para o controle da pandemia de Covid-19 passa pela vacinação e a segunda dose fecha esse ciclo. Sem ela, a pessoa não fica livre de ser contaminada, pelo contrário, falsa sensação que está livre do contagio faz com que a pessoa se exponha mais ao vírus.
Alerta para a população
Com mais de 69 mil pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina no AM, cientistas e médicos alertam para que a população tome a segunda dose para que o processo de imunização seja eficaz.
De acordo com a coordenação do Programa Nacional de Imunização (PNI), a possibilidade de infecção após a aplicação de uma única dose ocorre pelo fato de o organismo não possuir todos os anticorpos necessários para combater o vírus. Essa possibilidade só é menor após a segunda dose.
Porém, até que 70% da população (no mínimo) seja imunizada com as duas doses, os cuidados preventivos, como o uso de máscara e o distanciamento social, lavar as mãos com água e sabão (por mais de 40 segundos) e o uso do álcool em gel, são importantes e devem ser seguidas à risca.
Maiores cuidados devem ser aplicados aos idosos
Como os números divulgados estão muito altos e os grupos prioritários ainda estão dentro da faixa dos 60 anos a mais, considerados mais vulneráveis ao vírus.
Segundo pesquisadores da Fiocruz, o relaxamento de idosos quanto às medidas restritivas após a aplicação da primeira dose pode levar a um aumento no número de internações.
Outro alerta seria para as pessoas que não voltaram porque tiveram algum tipo de reação pôs vacina, as chamadas reações adversas.
Essas pessoas provavelmente tiveram febre, dores no local da vacina ou outras reações leves. Somadas às informações falsas ao longo desse tempo, elas podem estar com medo de novas reações parecidas, comentou a pediatra Cristina Fontes.
Os médicos e cientistas avisam que essas reações são naturais e que podem acontecer com qualquer vacina, completou.
Segunda a pediatra, quando bebês tomam vacinas eles tendem a ficar com febre e dores, isso é muito natural, os adultos que não estão acostumados com esse tipo de reação e ainda temem por falsas informações que são mais valorizadas que as de cientistas e médicos.
O que acontece se atrasar a segunda dose?
Vale ressaltar que a segunda dose é muito importante para que o indivíduo fique imunizado.
Caso haja um atraso para tomar a segunda dose, mesmo fora do prazo estipulado pelas farmacêuticas (14 dias para a CoronaVac e 3 meses para a AstraZeneca), mesmo atrasada, a segunda aplicação deve ser feita assim que possível.
Segundo informa a OMS, o indivíduo não perder a imunidade constituída após a primeira dose. A segunda dose é um reforço, uma forma de estimular o corpo a produzir um número ainda maior de anticorpos.
Números divulgados pelo Ministério da Saúde
Segundo os números divulgados pelo ministro da Saúde, 1.514.340 da segunda dose dos imunizantes não foram aplicadas
O ministro Marcelo Queiroga, disse que há 1,5 milhão de brasileiros nessa situação, e alertou que essas pessoas precisam buscar os postos de vacinação.
O estado com mais pessoas em atraso é:
- São Paulo (343.925);
- Bahia (148.877);
- Rio de Janeiro (143.015);
- Rio Grande do Sul (123.514);
- Minas Gerais (89.122);
- Paraná (71.857).
Os estados com menos doses em atraso são:
- Amapá (5.741);
- Tocantins (6.033);
- Acre (6.191);
- Alagoas (7.625);
- Roraima (8.555).
Segundo o ministro, mesmo quem perdeu o prazo previsto no cronograma de vacinação deve procurar uma unidade de saúde para regularizar a situação.