Drogarias, Medicamentos e doenças

Gaitano Antonaccio

Os parlamentares brasileiros precisam cuidar mais do interesse do povo, posto que a grande maioria não se apercebe de que foi eleita para cumprir obrigatoriamente este papel. Muitos são tão calhordas que só pensam, exclusivamente, em tratar de seus interesses corporativos, de grupos que os alimentam financeiramente e esquecem completamente de tratar dos legítimos interesses do povo.

Estou elaborando o presente artigo, a fim de tratar de um dos assuntos que mais tem sido avassalador contra a saúde pública dos brasileiros, que vivem na orfandade do Poder Público, sem as atenções necessárias para acompanharem os seus tratamentos prolongados, especialmente, quando necessitam comprar mensalmente medicamentos que não o fazendo, podem falecer em decorrência do fato. Ou seja, ou adquirem tais remédios ou ficam à mercê de agravar suas doenças ou sucumbirem inexoravelmente.

Para complicar ainda mais as dificuldades dessas aquisições medicamentosas, a cada mês que o doente comparece para comprar, em quaisquer drogarias, jamais encontra o mesmo, pelo preço anterior, sem receber por esse lamentável fato, a mínima explicação para estes aumentos. Além disso, de dois em dois meses, ou menor tempo, as embalagens mudam, a pessoa só encontra o genérico, recebe a informação de que pararam de fabricar o medicamento e o escambau, para barafundar ainda mais a cabeça de quem já está doente.

Como a maioria dos remédios controlados só são vendidos mediante consulta, e via de regra, as drogarias só querem vender um frasco, um vidro, ou caixa, exigem ficar com o original das receitas, não atendem mediante cópias nem mesmo autenticadas, obrigando muitas vezes ao paciente, pagar nova consulta médica, o que é um absurdo e uma injustiça. Pergunta-se será que existe algum convênio entre alguns médicos e as drogarias, para faturarem um pouco mais com as consultas? Por que não vender mediante cópia da receita?

Vivemos num pais de espertos, mas, infelizmente, a quantidade de otários tem crescido muito, graças as pequenas máfias que se multiplicam em todos os segmentos. E cadê nossos representantes?

Entendo que é chegado o momento, de mudar o comportamento dos representantes do Congresso, dos parlamentos estaduais e municipais, principalmente depois de sermos violentamente atacados por uma pandemia que mata sem piedade, e que permite aos canalhas que infestam nossa política, que se aproveitem para alardear mentiras, terrorismo vacinatório, com estatísticas mentirosas, aumentando propositalmente o número de pessoas falecidas realmente por meio da Covid 19, que facilita a governadores e prefeitos agir de forma ditatorial, prendendo os pais de família em casa de forma absurda, impedindo-os de ganhar o pão de cada dia para sustentar suas famílias e outras vicissitudes próprias e um pais onde nem mesmo se pode confiar no Supremo Tribunal Federal, mais politizado do que judicializado, quanto mais nos outros tribunais, e nas polícias que tumultuam a segurança pública.

Por que nossos parlamentares, que devem e têm obrigação de defender o povo, não aprovam uma legislação, por meio da qual, os medicamentos obrigatórios mensalmente a serem usados pelas pessoas que possuem morbidade, doenças terminais, infecções de tratamentos prolongados, sejam custeados em parte pelo SUS, ou por meio de outras entidades, ou até mesmo obrigando as drogarias a darem um desconto no mínimo de 50% (cinquenta por cento), pelo menos para amenizar as agruras de quem já padece com a doença? Por que não criar a DROGABRÁS, só para esse público especial?

Os pacientes ficariam por sua vez, obrigados a apresentarem receitas, atestados, cumprindo cuidadosamente a aquisição correta dos medicamentos, a fim de poderem exercer o seu direito. O que não pode é ocorrer o que já está acontecendo, posto que muitas pessoas estão tendo a saúde agravada pela impossibilidade de adquirir seus medicamentos, morrendo muito antes da hora e sofrendo juntamente com suas famílias esse fato lamentável da falta completa de assistência dos governantes e de órgãos que poderiam e deveriam ajudar para evitar tanta desgraça em nosso sistema de saúde pública. Não podemos contar essencialmente com a ajuda de Deus, e receber o desprezo de nossos representantes como norma.

*Conselheiro da Fundação Panamazônia, membro das Academias de Letras, Ciências e Artes do Amazonas; de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas; Brasileira de ciências Contábeis; de Letras do Brasil; da de Letras e Culturas da Amazônia – ALCAMA; correspondente da Academia de Letras do Rio de Janeiro, idem do Instituto Geográfico e Histórico do Espírito Santos e outras. ”