CPI da Pandemia ou CPI da Pândega?

Gaitano Antonaccio

Se bem que eu gostaria de chamar de Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, infelizmente, pela forma como nasceu, como se formatou e como vêm se conduzindo os inquisidores (tal qual se conhecia na Idade Média), lamento ser obrigado a defini-la como Comissão Parlamentar de Inquérito da Pândega.

Essa Comissão foi germinada num enlace armado entre o ministro Barroso, do STF e o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco. Eis que, muito antes do general Pazuello adotar o princípio de “um manda e o outro obedece”, o Rodrigão já tinha protagonizado esse espetáculo com o Barrosão. Este mandou e aquele obedeceu.

Explicando melhor, o ministro Barroso, de forma monocrática determinou ao chefe de um Poder Independente, com sua autonomia garantida pela atual, prostituída e retalhada Constituição Nacional, que é o Poder Legislativo, obedecesse as suas ordens, para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar a responsabilidade dos culpados pelas mortes de quase meio milhão de brasileiros, atingidos pela Covid 19, sem deixar, como é visível e lógico, de apontar o dedão, para o seu maior adversário nas redes sociais, atuais, que atende pelo nome de Jair Messias Bolsonaro, o qual, por meio de uma eleição, a mais democrática dos últimos anos, recebeu mais de 57 milhões de votos dos brasileiros, sem a mínima possibilidade de ter ocorrido corrupção no pleito de 2018, tornando-se o presidente do Brasil. Mesmo sabendo-se que os culpados são muitos e identificados, a Comissão caça de forma ameaçadora o presidente.

De repente ficou subentendido que só o Brasil foi atingido pela Pandemia, e foi o Bolsonaro que importou a mesma, com o seu jeitão de se defender da mídia canalha que o persegue vinte e cinto horas por dia. Tudo que ele fala é motivo para expandir a pandemia, mesmo colocando todo o aparato governamental para trabalhar em busca de salvar vidas, malgrado o seu comportamento seja reacionário e indiferente para os seus perseguidores de microfone na mão, posto que atualmente, nem pires podem usar, pois a dinheirama que sustentava uma grande maioria desses comunistas tendenciosos acabou. Bolsonaro pode até ter falhado com a pandemia, posto que o seu Messias não é o mesmo de Jesus, e não pode obrar milagres. Mas que ele fez o milagre de acabar com a corrupção desgraçada que ainda hoje está fazendo falta para os seus opositores, nem eles podem negar.

A Comissão Parlamentar da Pândega, pode assim ser chamada, porque já nasceu com as sentenças prontas nas cabeças dos dirigentes processados, indiciados, sentenciados, mas ainda soltos, graças ao poderoso STF que ainda espera alguma coisa acontecer, e que ninguém descobre o que é, para mandar prendê-los. Pois bem, essa turma de presidente, relator, vice-presidente, protetor de bandidos e comunista declarado, estão usando a Comissão para intimidar ministros, secretários, políticos que apoiam o presidente mais honesto que o Brasil conheceu nos últimos anos, e a cada pergunta que não recebe a resposta que já está digitada no relatório para incriminar o governo federal, é taxada como mentira, ameaçada de prisão, sofre constrangimento, insultos, os depoentes são chamados acintosamente de mentirosos, de criminosos e nada acontece com esses dirigentes desesperados em condenar o governo para que o Brasil retorne ao circo da corrupção, das falcatruas, dos favorecimentos a jornalista canalhas, ao patrocínio de obras para republiquetas bolivarianas, cuja verba tinha uma parte depositada nas contas de governantes inescrupulosos, no exterior. Sem dúvida é de fato uma pândega, o povo assistir todo este espetáculo circense, sem poder colocar pelos menos o presidente e o relator no lugar merecido em consequência de denúncias e provas contra os mesmos e de conhecimento de todos os brasileiros, de toda a imprensa nacional e internacional.

Certamente, essa pândega vai ser mais escancarada e melhor definida, quando começarem a ser inquiridos, os governadores e prefeitos que desviaram os bilhões de reais que foram generosamente facilitados pelo governo federal para que a pandemia não conseguisse ceifar a vida de tantos brasileiros, cujas famílias enlutadas, vão ter por fim, o verdadeiro entendimento de tantas mortes. Desde que os inquisidores convoquem os governadores do PT e outros.

A verba não foi usada devidamente, por muitos governadores e prefeitos, no combate à pandemia, com aquisição de materiais cirúrgicos, construções de hospitais, compra de respiradores, oxigênio, medicamentos, contratação de enfermeiros, pagamentos de honorários médicos, auxiliares hospitalares, ambulâncias, e outros aparatos que pudessem atender a tantos irmãos nossos, que não precisariam morrer, se não houvesse tanta roubalheira. Pretendem condenar o governo federal, que embora tenha feito tudo que estava ao alcance dele e dos seus ministros, o presidente tem o desgraçado hábito de falar pelos cotovelos, imaginando que com sua presteza e honestidade, seria poupado por uma oposição desesperada em não poder mais roubar e preparar a Nação para ingressar num comunismo capaz de escravizar de uma vez por toda o seu povo incauto. Perceberam que jamais seremos uma Venezuela, Cuba, Argentina, etc.

Mas nada é mais poderoso que o poder de Deus, e por esse motivo, também chego à percepção de que a pândega foi descoberta em menos tempo do que imaginavam seus criadores, e o povo haverá de sair vitorioso mais uma vez, como verdadeiro senhor do poder. Mesmo com o relatório do suspeito e processado senador Renan Calheiros, construído muito antes de começaram os trabalhos dessa trama ou pândega, com certeza ainda existem homens de respeito e de moral em nosso país, e tudo será esclarecido, para que os brasileiros não sejam mais uma vez ameaçados com regimes que lhes possa solapar a liberdade, ou lhes exija o sangue derramado. Deus acima de tudo, nunca foi tão necessário!

Conselheiro da Fundação Panamazônia, membro da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – da Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas, da Academia Brasileira de ciências Contábeis, da Academia de Letras do Brasil, da Academia de Letras e Culturas da Amazônia – ALCAMA; correspondente da Academia de Letras do Rio de Janeiro, idem do Instituto Geográfico e Histórico do Espírito Santo e outras.