Alessandra Campelo comenta decisão do STF favorável às mulheres e cobra prisão de feminicida no Amazonas

Na primeira sessão plenária da semana, a deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos) comentou sobre diversos assuntos da pauta da mulher. Um deles foi a recente decisão do  Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir o uso da tese de legítima defesa da honra para justificar a absolvição de condenados por feminicídio.

Com a decisão do Supremo, advogados de réus não poderão usar o argumento para pedir absolvição pelo Tribunal do Júri. Além disso, os resultados de julgamentos que se basearam na tese poderão ser anulados.“A tese da legítima defesa usada em caso de feminicídio era uma injustiça e atentava contra o direito humano da mulher, como se ela se resumisse simplesmente a uma relação com um homem”, comentou a deputada nesta terça-feira (08/08). 

Prisão

Alessandra, que é Procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa, destacou ainda  a prisão de Walid Gomes, 54, suspeito de contratar pistoleiros para matar sua ex-mulher, Neiliane dos Santos Carvalho, 41. O crime ocorreu no início de junho, em Manacapuru.

“Ele está enjaulado, porque considero que ele é um monstro, é o mandante do crime e a gente ainda está buscando junto com a  polícia prender os executores. Esse monstro está atrás das grades e espero que por lá apodreça”, enfatizou.

Repúdio

A deputada também repudiou as falas machistas e misóginas proferidas por um juiz que questionou o depoimento de mulheres que denunciam um médico por violência sexual em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. Enquanto elas relatavam o abuso que haviam sofrido, o juiz responsável por ouvi-las, Francisco José Mazza, rebateu as afirmações das vítimas, alegando que mulheres são “bicho da língua grande” e que “chutam as partes” baixas.

“Meu repúdio a esse ato machista, misógino, de ódio às mulheres, proferidos por um juiz. Demonstra somente ignorância, machismo e misoginia. O machismo mata mulheres todos os dias”, disse Alessandra Campelo.

Procurado

A Procuradora da Mulher da ALEAM encerrou seu discurso pedindo apoio dos colegas para compartilhamento da imagem de Gil Romero Machado Batista, apontado pela polícia como principal suspeito da morte da estudante Débora da Silva Alves, grávida de 18 anos. O homem está foragido e o bebê que foi arrancado do ventre da vítima também está desaparecido.“Nós precisamos encontrar (o Gil Romero), ele pode estar foragido no interior. O que ele fez foi um ato de violência, de crueldade extrema, de ódio”, disse a parlamentar.

Quem souber do paradeiro do suspeito de matar a jovem Débora pode entrar em contato pelos números (92) 98118-9535 ou 181. Outra forma é denunciar pelo Whatsapp da Procuradoria da Mulher: (92) 99400-0093.

Foto: Divulgação Assessoria