Pela segunda vez em menos de um mês, a Cracolândia, na região central de São Paulo, passou por operação policial. Na manhã deste domingo (11), agentes da Força Tática e da Tropa de Choque da Polícia Militar e homens da Guarda Civil Metropolitana chegaram por volta das 6h na Praça Princesa Isabel, que concentra a maioria dos usuários de drogas. Com a ação, os usuários atearam fogo nas barracas. Os bombeiros foram acionados para conter o fogo. Após o fim da operação, funcionários da prefeitura iniciaram a limpeza do local.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, na ação foram presos dois traficantes, apreendidos 774 gramas de droga e R$ 1,6 mil em dinheiro.
O prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin foram à região da Cracolândia após o encerramento da ação, por volta das 7h30. “Esse é um trabalho permanente, não vai resolver do dia para a noite. Não deve haver concentração [de usuários] porque facilita a vida do traficante e dificulta a abordagem”, disse Alckmin.
O prefeito João Doria disse que as ações na Cracolândia continuarão. “Não tem recuo. Vamos continuar avançando em ação medicinal, urbanística e social, o fluxo vai diminuir.”
Por meio de sua página no Facebook, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, criticou a ação. “Alguém acredita que isso vai resolver alguma coisa! Violência contra os irmãos na Praça Princesa Isabel”. Ao publicar uma foto dos policiais em ação, ele lamentou a forma como foi realizada a operação na cidade. “Em São Paulo é assim que se faz! Dá pra acreditar!!!”
Desde o dia 21 de maio, quando foi feita a primeira grande ação policial na Cracolândia para a prisão de traficantes e apreensão de armas, a concentração de usuários, que ocorria no cruzamento da Alameda Dino Bueno e da Rua Helvétia, migrou para a Praça Princesa Isabel.
Fonte: Agência Brasil