Wilker critica falta de investimento e remédios na Maternidade Ana Braga

No primeiro dia de sessão na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta quinta-feira (1/), na volta do recesso parlamentar, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) lamentou a falta de investimento e remédios na Maternidade Ana Braga, localizada na Avenida Cosme Ferreira, bairro São José, Zona Leste de Manaus.

O oposicionista realizou uma visita a convite do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), na tarde da última quarta-feira (1), e constatou, durante as duas horas de inspeção, que na farmácia da unidade faltam remédios vitais e essenciais, Produtos Para Saúde (PPS), máquinas em péssimo estado de funcionamento e funcionários sem receber salários.

“A maior maternidade do Estado encontra-se como um hospital de guerra. O único repasse é de apenas R$ 38 mil reais. É na maternidade que nasce o Amazonas. Lá (na Ana Braga) faltam 62% de remédios, sendo 74 medicamentos e 144 produtos para saúde. Falta ar-condicionado, e não estou falando da questão da infraestrutura, pois em sete meses de governo daria para resolver o estoque de remédios”, reclamou o deputado, membro titular da Comissão de Saúde da Aleam, da Tribuna da Casa.

Wilker ainda lembrou que neste mês de agosto, o Mês Lilás, dedicado ao combate da violência contra a mulher, as mulheres que precisam ter seus filhos são tratadas com desrespeito na unidade.

“A Lei Maria da Penha completa 13 anos e nós temos o feminicídio que é uma triste realidade do nosso país. Mas existem outras formas de fazer mal à mulher. Uma maldade, que dói, é na hora que ela mais precisa: a hora dar a luz, ter o seu filho. E faltar um antibiótico, uma dipirona é muito desrespeitoso.  Abram o e-compras (portal do Governo do Amazonas) tem um bilhão de licitação em andamento, R$ 325 milhões com dispensa de licitação. O futuro do nosso Amazonas está em risco. Passados sete meses, a saúde é um paciente que só piora”, lamentou.

Com tantos problemas constatados, Wilker solicitou que o pagamento dado ao instituto que administra o Hospital Delphina Aziz, na Zona Norte, também seja repassado para a maternidade. “A Comissão de Saúde precisa visitar novamente os hospitais. O Delphina é gerenciado por uma Oscip, organização da sociedade civil de interesse público, e recebe pouco mais de R$ 14 milhões por mês, R$ 172 milhões ao ano, e o Ana Braga recebe apenas R$ 38 mil reais. Tem algo errado”, alertou.