Viaduto do Manoa: empresas se recusam a realizar adequações

Viaduto do Manoa: empresas se recusam a realizar adequações

A prefeitura de Manaus notifica as empresas responsáveis pela obra no viaduto do Manoa por se recusarem a realizar adequações necessárias para liberação do complexo.

 

Viaduto do Manoa: empresas se recusam a realizar adequações

O prefeito David Almeida e o vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Marcos Rotta, irão notificar as empresas J Nasser Engenharia Ltda e Construtora Soma Ltda, responsáveis pela construção do complexo viário Professora Isabel Victoria, na avenida Max Teixeira, Cidade Nova, zona Norte, por se recusarem a realizar as adequações necessárias para garantir a trafegabilidade segura no viaduto.

O aviso foi dado durante entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (22).

De acordo com David Almeida, o complexo já deveria ter sido entregue à população, no entanto a obra não atendeu às exigências técnicas nas quais constam ainda inclinações máximas a serem corrigidas pelo consórcio.

O prefeito garantiu que só vai liberar o viaduto quando todos os ajustes apontados pelo laudo feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea) forem cumpridos.

Em março deste ano, a prefeitura informou que as empresas J Nasser Engenharia Ltda e Construtora Soma Ltda, que formam o consórcio para construção do viaduto, fariam os reparos recomendados pelo Crea-AM, logo após uma reunião com seus representantes, mas ainda que haja um acordo assinado, as empresas não cumpriram com os reparos de falhas graves na obra.

O vice-prefeito e secretário da Seminf, Marcos Rotta, reforçou que as empresas serão chamadas nesta quinta-feira a cumprirem um novo prazo para entregar a obra com segurança à população de Manaus.

De acordo com Rotta, a justificativa para a recusa dos empresários do consórcio não se justifica, pois as empresas estão cientes das falhas técnicas, tendo eles se comprometido em realizar as adequações necessárias.

segundo Rotta, o senhor José Nasser assinou a ata concordando com o laudo técnico emitido pelo Crea-AM e que foi feito o ajuste de parte das exigências técnicas apontadas no laudo em uma cabeceira da pista, mas não foi feito o prolongamento da cabeceira no outro sentido da pista, ou seja, não foram atendidas as demais exigências previstas no laudo.

O engenheiro Claudinei da Silva, presidente da Comissão Interinstitucional de Apuração de Obras em Conclusão (Caoc), explicou que o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) também participou do processo de alinhamento entre as empresas e a prefeitura e que o órgão de controle deve se manifestar.

O problema está na topografia do complexo, que apresentou 11,5% em um dos lados, e somente serão aceitos os serviços após nova topografia a ser executada pela própria Seminf, onde as rampas das cabeceiras deverão apresentar no máximo 9%.

Esse percentual é um ponto imprescindível para recebimento dos serviços e com limitação da velocidade máxima para 50 km/h, conforme estabelecido no Manual do Projeto Geométrico da Travessia Urbana do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, o DNIT, caso contrário não há condições de liberamos a obra com segurança, afirmou Silva.