Tribunal do Júri condena a 25 anos de prisão mulher que matou a cunhada em 2018

Thaís está presa desde a época do crime e o tempo que está reclusa será abatido no total da pena.

O Conselho de Sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou a 25 anos de prisão, Thaís Rejane Barbosa Alves, pela morte de sua cunhada, Luana Freire de Souza, em 3 de dezembro de 2018. O julgamento da Ação Penal de competência do júri (nº 0657531-77.2018.8.04.0001) foi realizado nesta quarta-feira (2/12) e durou 12 horas.

A sessão de julgamento popular foi realizada no plenário principal do Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, zona Sul da capital, e foi presidida pela juíza de Direito Eline Paixão e Silva Gurgel do Amaral Pinto. O promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) José Felipe da Cunha Fish trabalhou na acusação, com assistência do advogado Lenilson Ferreira Pereira. A ré teve em sua defesa os advogados Baltazar Soares de Oliveira e Litamara Brasil de Farias.

O julgamento começou às 10h15 com o depoimento das testemunhas de acusação. Foram ouvidas cinco pessoas indicadas pelo Ministério Público Estadual e mais duas testemunhas de defesa. Na sequência ocorreu o interrogatório da ré Thaís Rejane Barbosa Alves, que terminou às 17h30. Os debates tiveram início às 18h, com 90 minutos para o promotor de justiça e o mesmo tempo destinado à defesa. A juíza Eline Paixão leu a sentença às 22h15.

O crime

De acordo com o inquérito policial que originou a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE), no dia 3 de dezembro de 2018, por volta das 8h, na Travessa Pato Branco, nº 10, bairro do Coroado III, Thaís matou Luana Freire de Souza a golpes de faca. Segundo a denúncia, Thaís morava na mesma casa que a cunhada e planejou o crime um dia antes sabendo que ficariam somente as duas na residência naquela data.

Depois, para simular um roubo seguido de morte, deixou o local e levou a filha para tomar vacina em um posto de saúde. Quando retornou, alarmou a família avisando que alguém havia estado na residência, roubado dinheiro e matado Luana. Ao confessar o crime, Thaís justificou que a outra mulher era “muito mimada pela família”.