Um processo de readaptação realizado de forma gradativa, com transparência e responsabilidade. É dessa forma que será feita a transição ao poder público da gestão do Hospital de Campanha Municipal Gilberto Novaes, viabilizado por meio de parceria público-privada entre Grupo Samel, Instituto Transire e Prefeitura de Manaus.
Com uma taxa de ocupação atual de apenas 39% e mais de 540 altas médicas já concedidas, a unidade completa 60 dias de funcionamento nesta quinta-feira (11).
Totalmente informatizado, com 180 leitos, sendo 39 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tomógrafo, laboratório de análises clínicas operando 24 horas e todos os setores primordiais de uma unidade de grande porte, o hospital de campanha está preparado para ficar como patrimônio da cidade de Manaus, conforme assegura o coordenador da unidade e diretor do Grupo Samel, Ricardo Nicolau.
De acordo com o atual gestor, a transição vem sendo feita gradualmente e todo o projeto será repassado para a Prefeitura. “Hoje, nós estamos com 39% da nossa ocupação. Graças a Deus, os índices da doença em Manaus tiveram uma queda significativa. A partir de agora, começamos a fazer a transição para passar ao Município, com a transparência absoluta, todos os serviços que foram feitos e todas as obras de adaptação, que ficarão para o patrimônio da capital amazonense”, afirma Ricardo Nicolau.
Fruto da parceria público-privada, a unidade hospitalar contou com suporte financeiro da iniciativa privada. Somente o Grupo Samel doou mais de R$ 1,3 milhão para adaptação, obras e mobiliário. “Vamos passar todo esse patrimônio para a Prefeitura, bem como todos os protocolos, todos os registros de atendimento e tudo o que foi feito, dando a transparência absoluta para o poder público e para a população”, destaca Ricardo Nicolau.
O hospital de campanha foi montado em uma estrutura originalmente destinada a um Centro Integrado Municipal de Educação (Cime), da Prefeitura, com mais de seis mil metros quadrados, no bairro Lago Azul, zona Norte. Foram quatro dias de trabalho intenso para adaptar os dois prédios da escola e possibilitar a entrada dos primeiros pacientes no dia 13 de abril.
Continuidade do hospital
Além de contribuir na transição, o Grupo Samel está elaborando um projeto contendo orientações técnicas para que o hospital de campanha seja mantido após a pandemia, passando a realizar cirurgias eletivas. De acordo com Ricardo Nicolau, a unidade poderá ter capacidade para realizar ao menos 1,5 mil procedimentos cirúrgicos planejados por mês.
“É um hospital de alta complexidade que está pronto, preparado, não só para o coronavírus, como para novos desafios. Logicamente, isso é uma decisão da prefeitura, mas nós vamos entregar um estudo de impacto econômico, do que precisa ser feito, de toda a parte de estrutura, enfim, um planejamento completo para que seja tomada a decisão mais acertada”, assegura Ricardo Nicolau.