A possibilidade de fabricação de equipamentos médico-hospitalares, odontológicos e ópticos no Polo Industrial de Manaus (PIM) foi o principal tema de reunião entre a Suframa e a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo). O encontro, por videoconferência, ocorreu na manhã desta quarta-feira (28) e reuniu equipe gestora e técnica da Autarquia e representantes da associação.
Durante a reunião, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, ressaltou a importância da aproximação entre as instituições e reforçou convite para os associados da entidade conhecerem melhor o funcionamento da Zona Franca de Manaus (ZFM). “Explicamos as vantagens de se investir na ZFM, os passos necessários como a criação de um Processo Produtivo Básico (PPB) específico e como seria relevante para a economia do Brasil ter aqui um segmento industrial de equipamentos médico-hospitalares, bem como o desenvolvimento de uma cadeia produtiva”, frisou Saraiva.
O superintendente-adjunto Executivo da Suframa, Frederico Aguiar, também destacou que o convite para a Abimo faz parte de um esforço do governo federal, chamado de neoindustrialização brasileira, que busca criar e diversificar segmentos industriais. Desta forma, a Suframa identificou a necessidade de fortalecer um polo de dispositivos médicos produzidos no Brasil. “A pandemia da Covid-19 também salientou a relevância estratégica de haver disponibilidade de equipamentos médicos”, frisou Aguiar.
A Suframa assinalou que há uma lista de PPBs aprovados para fabricação de equipamentos hospitalares como: acessórios, máscaras, escalpes, seringas, agulhas, gases e oxigênio hospitalar, aparelho de ultrassonografia, tomografia e raio X. “Saiu um, recentemente, que faz por autoatendimento toda aquela triagem que é feita de forma manual em hospital: medição de pressão arterial, batimentos cardíacos, enfim, esse aparelho faz essa medição automática de todos os parâmetros da triagem, antes da consulta médica”, detalhou Saraiva.
Na reunião com os representantes de empresas que atuam nos setores médico-hospitalar, odontológicos, laboratórios clínicos e reabilitação e tecnologia assistida, também foi abordada a potencialidade do uso de recursos da Lei de Informática para pesquisas tecnológica na área dos dispositivos médicos.
Conforme a Abimo, em 2021, foram gerados no País quase R$ 18 bilhões em valores brutos da produção de aparelhos eletromédicos, eletroterapêuticos e equipamentos de irradiação, somados aos instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos. Ainda segundo dados da Abimo, o setor empregou, em 2021, mais de 72,6 mil pessoas. A Abimo conta com 300 associados e detém 85% do market-share de produtos de dispositivos médicos no país.
Também participaram da reunião, pela Abimo: o CEO da Associação, Paulo Fraccaro, o diretor Institucional, Márcio Bósio, e a gerente de Relacionamentos, Cecília Mansano. Pela Suframa: o coordenador-geral de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Cogin), Arthur Lisboa; o técnico Adamilton Mourão e engenheira de Operações, Camila Jacqueline Carneiro.