SOS Funeral completa dez anos e contabiliza pico de atendimentos durante pandemia

Prestes a completar 10 anos de atuação na segunda-feira, 20/7, o serviço SOS Funeral, da Prefeitura de Manaus, foi essencial às famílias em vulnerabilidade social durante a pandemia do novo coronavírus. A média mensal de atendimentos saltou de 200 para 600 em abril e maio deste ano. Em junho, o serviço retornou aos números anteriores, com 234 atendimentos.

 

O SOS Funeral foi instituído pelo Decreto nº 0605 e é o único serviço público de Manaus dedicado ao atendimento de ocorrências de óbitos, remoção, doação de urna funerária, isenção de taxa de sepultamento e translado fúnebre, para pessoas que não têm condições de arcar com as custas do enterro de seu ente familiar.

 

“É uma década de serviço às famílias em situação de vulnerabilidade social, de acolhimento em um momento tão difícil, que é a perda de um ente querido. Manaus é uma das poucas cidades no Brasil a oferecer esse serviço, que foi de total importância durante a pandemia do novo coronavírus, com o atendimento superior a mil famílias. O prefeito Arthur Virgílio Neto não mediu esforços para garantir e ampliar o atendimento a todos aqueles que buscaram o auxílio do município e nós somos gratos aos servidores envolvidos nessa assistência funeral para as famílias de Manaus”, destacou a primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro, que também preside o Fundo Manaus Solidária e está na fase final do tratamento contra a Covid-19, juntamente com o prefeito Arthur.

 

Responsável pelo SOS Funeral, a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) fez o comparativo dos números apresentados antes, durante e após o pico da pandemia da Covid-19. Entre os principais pontos estão remoções de corpos, deslocamentos e concessões e doações de urnas.

 

“Neste mês, o SOS Funeral completa 10 anos servindo a população de Manaus. A gestão do prefeito Arthur preza por esse serviço e oferece as condições necessárias para que ele seja executado com eficiência”, ressaltou a secretária da Semasc, Suzy Zózimo.

 

Abril e maio marcaram o pico da pandemia em Manaus e também nos atendimentos do serviço SOS Funeral. Nesses meses, foram contabilizadas 1.299 remoções e concessões de urnas, além de 3.897 deslocamentos entre residência, hospitais e cemitérios.

 

O elevado número de atendimentos foi destacado pela diretora do departamento de Proteção Social Básica, Lenise Trindade. “Em dez anos de operação nunca havíamos tido um atendimento mensal de quase 700 casos como tivemos em abril, nem quando houve, em outros momentos, um grande número de mortes na cidade”, contou. Acrescentando, ainda, que nessa primeira quinzena de julho já foram realizados 121 atendimentos, considerado na média.

 

Atendimento

 

Em meio ao pico do coronavírus em Manaus, o militar reformado Idílio Batista, 54, acionou o SOS Funeral para realizar o atendimento ao irmão Francisco Souza, 69, que morreu com diagnóstico de Covid-19. “Nunca é uma experiência boa, por se tratar da morte de um ente querido. Mas quanto ao serviço prestado, não deixou nada a desejar. Só temos a agradecer, foi muito bom o serviço”, relatou.

 

Já o estaleiro Leandro Bibiano, 25, fez uso do serviço para realizar a remoção do corpo da mãe Leviane Bibiano, 42, que morreu em casa de parada cardíaca. “Foi a primeira vez que precisei fazer o uso do serviço e não tenho do que reclamar, foi excelente. A equipe que fez o atendimento foi muito atenciosa e nos deu todas as instruções necessárias”, disse.