O deputado Sinésio Campos (PT/AM) apresentou proposta, na forma de requerimento, para que seja encaminhada indicação ao Governo do Estado com propósito de que sejam firmados convênios com associações e cooperativas de costureiras para a confecção de máscaras de tecido e avental para enfermeiros e distribuição gratuita à população para auxiliar no combate ao coronavírus, causador da Covid-19, no Amazonas.
A proposta foi protocolizada à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), durante a Sessão virtual realizada pela Aleam na manhã desta quarta-feira (15). A ideia é que o Estado incentive a produção e a distribuição gratuita das máscaras. Para isso, deverá firmar convênio com a categoria profissional.
O deputado destacou, em pronunciamento, o decreto (nº4806/2020, de 14 de abril de 2020), assinado pelo prefeito de Manaus, Artur Neto (PSDB), que determina o uso obrigatório de máscara pelas pessoas que precisam sair de casa ou ter contato com pessoas e deslocamento em vias públicas ou utilizando transporte de passageiros, com objetivo de comprar gêneros de primeira necessidade como alimentos e medicamentos. Bem como o acesso aos estabelecimentos prestadores de serviços essenciais como supermercados, bancos, mercados, mercearias, padarias e farmácias.
O parlamentar disse que no entendimento dele esse decreto é uma medida que precisa ser adotada em conjunto com o Governo do Estado, tendo em vista que a distribuição dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) é uma ação que deveria ter sido adotada desde o início da pandemia. “Deveria haver a distribuição de máscaras e luvas à população, a exemplo dos preservativos no período do carnaval, antes de chegarmos a este patamar de contaminação coletiva e vítimas fatais da Covid-19. Agora o preservativo é para salvar vidas, com a distribuição das máscaras. A população quer, mas muitos não têm condições financeiras de comprar”.
Sinésio Campos também alertou para a necessidade de produção em escala industrial para atender a necessidade da população. Vale ressaltar que a carência destes itens é mundial e as empresas que produzem não estão dando conta da alta demanda neste momento e considerando altamente relevante para minimizar os impactos da Covid-19.
Ele lembrou ainda a existência de uma indústria, instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM) apta à produção das máscaras, mas que deixou de produzí-las aqui para fazê-lo em São Paulo. “Mas acredito que as empresas da Zona Franca de Manaus precisam prestar o apoio solidário e a contribuição ao Estado onde recebem benefícios fiscais. Mas, independente das indústrias, eu defendo a convocação das costureiras, que estão em vários bairros de Manaus, para que passem a produzir os equipamentos e assim, gerar uma fonte de emprego e renda. Recursos para isso existem”, afirmou.
Sinésio Campos voltou a manifestar preocupação com o pagamento do auxílio, pelo Governo Federal, que está levando milhares de pessoas ás filas de agências da Caixa sem nenhum controle. “As filas nas agências são longas, com pessoas que buscam benefício como o Bolsa Família e os recursos que estão sendo concedidos pelo Governo federal. E, raras são as pessoas que estão usando as mascaras. Isso é algo que já deveria ter sido feito lá atrás. Mas nada impede que seja feito a partir de agora”, concluiu.