Setor termoplástico do PIM pode se beneficiar da biotecnologia

Segmento foi identificado como sendo o que tem o maior efeito de encadeamento produtivo, logo pode gerar demandas para as cadeias produtivas endógenas.

Dentre os segmentos industriais mais relevantes do Polo Industrial de Manaus (PIM), alguns destacam-se pelas possibilidades de inovação em seus processos fabris. O setor termoplástico, por exemplo, é um dos que mais podem se beneficiar do avanço da biotecnologia para o desenvolvimento de produtos e a adaptação de seus processos, tendo por base a utilização de bioinsumos da região para tornar suas atividades mais sustentáveis e atender a diversas demandas internacionais.

A empresa Tutiplast, por exemplo, entende que a biotecnologia pode contribuir para a realização de etapas fabris e o aumento da sustentabilidade empresarial. Esta visão foi compartilhada por dirigentes da empresa durante agenda técnica junto ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), ocorrida no início de fevereiro, e que contou com a participação do gestor do Centro, Fábio Calderaro, e de pesquisadores da instituição.

A reunião permitiu que fossem verificadas alternativas propiciadas pela biotecnologia para avançar em áreas que atualmente a Tutiplast já atua, mas ampliando suas capacidades e complementando sua atuação na região, de forma a oferecer serviços ainda melhores aos seus parceiros empresariais. Iniciativas que envolvem bioprocessos (como o bioplástico) ou a inserção de insumos biológicos da Amazônia em linhas fabris foram exemplos verificados no Centro. “Hoje realizamos diversos processos dentro da Tutiplast que podem ser beneficiados pelo que o CBA tem a oferecer”, afirmou Mariana Barrella, diretora executiva da empresa.

Parceria e desenvolvimento regional

O gestor do CBA, Fábio Calderaro, destacou que “identificamos que o setor termoplástico tem o maior efeito de encadeamento produtivo, logo pode gerar demandas para as cadeias produtivas endógenas, contribuindo assim para adensar as atividades dos produtores de fibras, além das atividades que envolvem resinas vegetais e rejeitos da agroindústria, que podem ser incorporadas aos compostos poliméricos”. Para estimular esse tipo de iniciativa, o Centro tem atuado cada vez mais próximo das indústrias e é preparado para realizar parcerias, atento às demandas e pronto para entregar os resultados esperados.

Esse trabalho de integrar a atividade industrial com a bioeconomia da Amazônia ainda pode favorecer o desenvolvimento socioeconômico regional, conforme relatou a diretora executiva da Tutiplast. “Como uma empresa local, instalada na Zona Franca de Manaus, entendemos que temos um papel social importante de gerar melhores condições de vida e trabalho para a sociedade da região. Atuar mais diretamente com as oportunidades possíveis por meio da bioeconomia é avançar ainda mais nesta direção”, finalizou Mariana.

Foto: Márcio Gallo/CBA