Serviços de telecomunicações no Amazonas foram debatidos na Aleam

Na manhã desta terça-feira (1) durante a Sessão Ordinária, os deputados estaduais criticaram o serviço prestado pelas empresas concessionárias de telecomunicações, tanto em Manaus quanto no interior, onde a população reclama da instabilidade do sinal e falta de cobertura em algumas áreas.

O deputado João Luiz (Republicanos) suscitou o tema, relatando participação em Audiência Pública, realizada na Câmara Federal em Brasília, proposta pelo deputado federal Silas Câmara (Republicanos). “Durante nossa participação mostramos, onde o serviço é mais crítico e apresentamos as principais deficiências. Fizemos uma enquete, onde as pessoas reclamaram da operadora OI, que oscila demais o sinal em algumas áreas de Manaus, sendo ainda pior no interior. A falta de investimentos em expansão de cobertura afeta várias áreas, como a economia, segurança pública, entre outras”, afirmou.

Para o deputado, a deficiência na prestação do serviço ficou mais perceptível por conta da pandemia. “O serviço somente piora, principalmente desde 2019, o que contribui para o isolamento social das pessoas”, salientou.

Em aparte, o deputado Sinésio Campos (PT) sugeriu que a Assembleia convoque as empresas de telefonia, que ganharam as concessões e oferecem um serviço de péssima qualidade a prestarem esclarecimentos.

O deputado Álvaro Campelo (Progressistas), em seu pronunciamento, citou os municípios como Nhamundá (distante 381 km de Manaus em linha reta), Envira (1.207 km) e Anamã (162 km), que além de terem que lidar com enchente e pandemia, não podem contar com o serviço.

Em resposta, João Luiz propôs um requerimento à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pedindo prioridade à região Norte, em relação ao pregão do 5G, que está próximo. “Se não for assim, a tecnologia 5G vai demorar de cinco a dez anos para chegar até o Norte”, argumentou.

 Críticas à hidroxicloroquina

 Entre outros temas tratados, Serafim Corrêa (PSB) criticou o posicionamento do Governo Federal em defesa do tratamento precoce com base na hidroxicloroquina, hoje comprovadamente ineficaz no tratamento da Covid-19, destacando que a população tornou-se cobaia.

O deputado Dermilson Chagas (Podemos) lembrou que o Governo do Amazonas quando estava alinhado com o Governo Federal, no ano anterior, adotou o chamado “tratamento precoce” baseado em hidroxicloroquina e azitromicina, enquanto os pacientes agonizavam por falta de oxigênio.

 Alternativas econômicas

O deputado Tony Medeiros (PSD) falou sobre a necessidade de implementação de alternativas econômicas para o interior. Enquanto Abdala Fraxe (Podemos) relatou viagem à região do Alto Solimões, especificamente a São Paulo de Olivença (975 km), onde participou da inauguração de três escolas na área indígenas reconstruídas e também entregou cestas básicas.

Encerrando a Sessão Plenária, aconteceu Cessão de Tempo, em homenagem ao Dia do Geólogo, proposta pelo deputado Sinésio Campos.