Estórias das telas ganham leitores ávidos no Manauara Shopping.
A série Bridgerton, que conta a estória de uma família inglesa do século XIX, conquistou uma legião de fãs que consumiram rapidamente os oito episódios da primeira temporada na Netflix, mas não se contentaram. Partiram para a compra dos livros que embasaram a série para descobrir as peculiaridades não retratadas em áudio e vídeo, assim como obter pistas do que virá nas temporadas seguintes.
Mesmo terminada a saga do bruxinho Harry Potter no cinema, a paixão pelo órfão que encontrou uma família na escola de magia Hogwarts, não morreu. Os livros continuam com alta vendagem porque as publicações tornaram-se peças de coleção.
Em muitas livrarias do Manauara Shopping, títulos como Bridgerton e Harry Potter estão em falta porque com o período prolongado em casa, os leitores ressurgiram com força total. O público infantojuvenil é o maior frequentador. “Garotos e garotas de 12 anos em diante vêm muito em busca de livros. Gostam de jogos eletrônicos, mas encontram tempo para folhear as páginas que falam do universo adolescente e de estórias fantásticas. Os finais de semana costumam ser bons para as vendas. Neste domingo, vendemos mais de 40 livros. Nosso estoque de livros de estórias para colorir esgotou”, declarou Cleia Muniz, gerente da loja Concorde.
A retomada do hábito da leitura fica evidente na feira de livros, no Manaura Shopping. Domingo às 20h30, faltando meia hora para encerrar o expediente, famílias inteiras ainda procuravam títulos para levar para casa. O médico Marcos Geovani acompanhado do filho João Marcos, 4 anos, buscava livros para educar o menino e distraí-lo. “Para protegê-lo, eu e minha esposa preferimos que ele não fosse à escola no primeiro semestre. Procuramos ensiná-lo em casa. Agora, ele irá frequentar as aulas, mas estamos reforçando o ensino convencional e ensinando valores importantes”, disse o pai enquanto separava dois livros para a criança.
Influenciadores
Uma das maiores livrarias de Manaus, a Saraiva no Manauara Shopping, registra picos de venda quando um infuenciador digital elogia um livro. Basta a personalidade indicar nas mídias sociais o que está lendo para o público ficar alvoroçado.
“Quando isso acontece, as prateleiras esvaziam num piscar de olhos. Os adolescentes, principalmente, vêm em grupos. Ninguém quer esperar o outro ler para emprestar. Cada um compra o seu exemplar”, explicou Elcimara de Nery, responsável pelas reservas.