Serafim diz que Bolsonaro não investe na Amazônia

Serafim diz que Bolsonaro não investe na Amazônia. Serafim deu exemplos da falácia do Governo Federal criada contra indígenas.

Serafim diz que Bolsonaro não investe na Amazônia.

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou na manhã desta quinta-feira, 10, que o Governo Federal quer atribuir aos indígenas o estacionamento do progresso e de novas atividades econômicas para justificar a ausência de investimentos na região amazônica.

“Quero repudiar esse discurso de jogar a culpa nos índios. Eles não têm culpa de nada. Eles são os invadidos, não são os invasores. Minha solidariedade aos indígenas e meu repúdio a todos aqueles do Governo Federal que ficam usando os índios como responsáveis por uma culpa que é do Governo Bolsonaro, que não quer fazer os investimentos necessários para o desenvolvimento da região amazônica”, defendeu Serafim.

Serafim, durante o discurso, deu dois exemplos da falácia do Governo Federal criada contra indígenas para mascarar o vazio de investimentos na região.

“O primeiro é o Linhão de Tucuruí para Roraima. O alarde todo é de que não se pode avançar no Linhão porque tem que pagar um valor para os índios. Mas tem mesmo que existir esse pagamento, porque são terras indígenas, reconhecidas, demarcadas e eles sofreram quando dá implantação da BR-174 um verdadeiro genocídio onde foram dizimados. Eles eram 3 mil e sobraram uns 300. Foi uma chacina”.

“Agora, vamos fazer uma conta rápida: um litro de diesel custa R$ 5. Boa Vista consome um milhão de litros de diesel todos os dias, isso dá R$ 30 milhões de litros em um mês. A R$ 5 da R$ 150 milhões em um mês. A decisão judicial é de que eles sejam compensados em R$ 133 milhões. Isso, portanto, seria menos do que seria gasto pela empresa de energia em um mês com óleo diesel. O impasse, não é de parte dos índios, o impasse é de parte do governo federal”, completou.

Segundo o parlamentar, no caso do Linhão de Tucuruí, o verdadeiro impasse é que a empresa concessionária responsável por levar o Linhão de Manaus para Tucuruí, está exigindo da ANEEL um realinhamento de preço de R$ 1,5 bilhão.

“A ANEEL, por sua vez, diz que não tem que pagar isso. Aí eles ficam colocando os índios como bucha de canhão”, explicou o líder do PSB na ALE-AM.

Exploração de potássio em Autazes

Outro exemplo de que o Governo Federal vem usando indígenas para ocultar a falta de investimentos é o entrave para a exploração de silvinita e potássio em Autazes.

“O problema real para não produzir o potássio em Autazes não são os índios, que nem estão no território da mina do potássio, o problema é que não há energia suficiente e a exploração de uma mina de silvinita exige energia. E o sublinhão, que seria um ramal a partir de Itacoatiara até Autazes, custa alguns milhões de reais e o Governo Federal não se dispõe a fazer esse investimento. Esse é mais um episódio onde os indígenas são usados como bucha de canhão”, concluiu.

Fonte: Aleam.