Serafim classifica como ‘tráfico de influência’ intermediação de pastor

Serafim classifica como ‘tráfico de influência’ intermediação de pastor. O deputado do PSB repudiou, nesta quinta-feira (10), a postura do pastor da Assembleia de Deus, de São Paulo, José Wellington Bezerra, que admitiu intermediar emendas para filhos políticos.

Serafim classifica como ‘tráfico de influência’ intermediação de pastor.

Serafim avaliou a posição do pastor como “tráfico de influência” e fez um alerta para que a situação não se repita no Amazonas.

“Em 1889, quando foi proclamada a República, nós cortamos os laços que havia entre estado e religião. Li hoje algo que me deixou muito preocupado: ‘Pastor da Assembleia de Deus admite intermediar emenda para filhos políticos’. Isso é um absurdo”, disse o parlamentar ao se referir à manchete do Jornal O Estado de São Paulo.

O parlamentar chegou a exibir um vídeo do pastor Wellington Bezerra afirmando que a Assembleia de Deus funciona como intermediadora de emendas. “Meus filhos são políticos e precisam de voto. Claro, pastor da igreja chega lá e faz amizade com o prefeito. Olha pastor, a prefeitura está precisando de uma verba. Eles vão lá, mas a verba só vai até o prefeito por intermédio do pedido do pastor da Assembleia de Deus.

MISTURA NOCIVA
O líder do PSB da Assembleia Legislativa do Amazonas alertou para a mistura entre religião, política e a administração pública. Disse ainda que a situação não está apenas acontecendo no estado de São Paulo, mas se espalha por todo o Brasil, inclusive pelo Amazonas.

“Estou tornando público, porque em breve teremos eleições e estou antevendo a grande mistura que vai ter entre partido político, igrejas e o estado. Estado no sentido bem amplo (prefeitura, governo do estado e governo federal). Apelo à Justiça eleitoral para que seja muito dura para evitar que esse tráfico de influência aconteça nessas eleições. Minha expectativa é que a Justiça Eleitoral possa agir contra isso, que não é correto”, concluiu.