Com a retirada das tradicionais gotinhas, o Brasil implementou um novo esquema vacinal contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A partir de 2025, crianças de 2, 4 e 6 meses receberão exclusivamente a vacina injetável para prevenção da doença. Além disso, aos 15 meses, será aplicada uma dose de reforço também injetável, no lugar da versão oral. A medida, anunciada pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo fortalecer a proteção contra a pólio e se baseia em evidências científicas e orientações internacionais.
O que motivou a mudança na vacinação?
A mudança no esquema vacinal é fundamentada em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e visa evitar a disseminação do vírus da pólio em contextos de condições sanitárias precárias. A vacina oral (VOP), que utilizava o vírus enfraquecido, poderia causar casos derivados da própria vacina, o que não acontece com a versão injetável, a vacina inativada poliomielite (VIP). A substituição já era prevista desde 2023, quando o Ministério da Saúde anunciou que a dose oral seria substituída pelo reforço injetável aos 15 meses.
O impacto da mudança para a saúde pública
Com a adoção do novo esquema, o Brasil se alinha a uma recomendação internacional, uma vez que a vacina injetável tem demonstrado maior segurança e eficácia. A segunda dose de reforço, antes aplicada aos 4 anos, foi considerada desnecessária, uma vez que o esquema com quatro doses oferece uma proteção eficaz contra a poliomielite. Apesar de não registrar casos de pólio desde 1989, o país tem enfrentado quedas sucessivas nas coberturas vacinais, como ocorreu em 2022, quando a cobertura foi de apenas 77,19%, abaixo da meta de 95%.
O calendário vacinal atualizado
A vacinação contra a poliomielite continua sendo uma das mais eficazes formas de prevenção de doenças graves. O Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferece uma série de vacinas, incluindo a VIP, para garantir a saúde da população. Além da pólio, o calendário de vacinação abrange doenças como sarampo, rubéola, tétano e coqueluche, entre outras, para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
A nova estratégia de vacinação contra a pólio reforça o compromisso do Brasil com a saúde pública e a prevenção de doenças. A mudança para a vacina injetável visa, além de proteger a população, fortalecer a imunização coletiva. Para mais informações sobre o calendário vacinal e outras campanhas, acesse os conteúdos relacionados em nosso portal.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
