Saullo Vianna vai defender mineração sustentável como oportunidade de reduzir dependência internacional de fertilizantes do Brasil

Em breve, governo federal terá de decidir sobre exploração de potássio em Autazes, fundamental ao agronegócio.

O deputado federal Saullo Viana (União-AM) já se adiantou e solicitou audiência com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a fim de articular a defesa do Projeto Potássio, que já possui a Licença Prévia (LP), e aguarda a Licença de Instalação (LI) para a exploração da jazida a fim de reduzir a dependência do agronegócio da importação do potássio, um dos itens fundamentais para a indústria de fertilizantes agrícolas.

“Vamos buscar o diálogo com o ministro e com o governo para que o processo de exploração de potássio em Autazes, de forma sustentável, obedecendo a legislação ambiental brasileira e socialmente justa, siga adiante. Esse projeto irá fortalecer a economia o desenvolvimento do Amazonas e do Brasil. Bom lembrar que as nossas maiores reservas estão fora das terras indígenas”, diz Saullo.

Atualmente, o país gasta US$ 14 bilhões (R$ 72 bilhões) com a importação de fertilizantes uma vez que o mercado interno é incipiente e faz com que 96% do consumo de fertilizantes venha de outros países, gerando emprego e renda fora, como no Canadá, líder global em produção de potássio.

A mina de Autazes tem uma reserva de 800 milhões de toneladas. Com a sua descoberta, o Brasil saltou de 11º para o 8º maior reservatório do mineral no mundo, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Para o Governo Federal, a exploração seria suficiente para suprir 25% de toda a necessidade brasileira.

“A exploração sustentável do potássio em Autazes pode tirar o Brasil da segunda posição como maior importador deste importante fertilizante para um dos maiores exportadores do mundo, além de fortalecer a economia do Amazonas. Por isso sou a favor de que, obedecendo a legislação ambiental brasileira e socialmente justa, o presidente Lula atue para destravar este projeto”, explicou Saullo, que ainda lembrou que inicialmente o projeto pode gerar mais de 1,3 mil empregos diretos.

Mineral importante- O Cloreto de Potássio que será produzido pelo Projeto Potássio Autazes é um dos minerais mais importantes para a indústria de fertilizantes agrícolas do mundo.

Além investimentos em infraestrutura em Autazes e nos municípios do entorno, a implantação do projeto contará com mais de 30 planos e programas socioeconômicos e ambientais, capacitação de mão-de-obra e diversificação da economia local.