Operação Penalidade Máxima investiga, desde o ano passado, grupo criminoso que comanda esquema de manipulação de resultados no futebol
O deputado federal Saullo Vianna (União-AM) conseguiu aprovar, por unanimidade, requerimento que permite que integrantes da CPI possam acessar tudo que foi apurado até agora no âmbito da Operação Penalidade Máxima.
As investigações estão a cargo do Ministério Público de Goiás, que apura responsabilidades na manipulação de resultados de partidas de futebol para favorecimento de sites e casas de apostas.
“Temos de apurar, com rigor, os responsáveis por fatos gravíssimos relacionados às suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro sob pena de colocar em xeque a credibilidade do maior esporte do nosso país e do mundo. Essa situação já chegou ao Amazonas, com a comprovação de jogadores envolvidos em manipulação e com o rebaixamento do time. Temos de evitar que essas fraudes avancem em nosso país”, diz Saullo Vianna.
Para Vianna, é justamente a ausência de regulamentação que facilita a atuação de grupos de apostadores criminosos que aliciam atletas. O parlamentar, indicado pelo partido União Brasil membro titular na CPI da manipulação de apostas no futebol, defende a regulamentação das apostas para dar mais transparência a essa prática e, ainda, para gerar arrecadação aos cofres da União.
De acordo com o MPE-GO, mais de 60 jogadores já foram citados na Operação Penalidade Máxima como suspeitos de integrar um grupo criminoso que teria cooptado atletas para agirem em campo conforme apostas realizadas pela quadrilha, como fazer pênaltis no primeiro tempo dos jogos, entre outras táticas. O objetivo dos apostadores seria assegurar a ocorrência de eventos determinados nas partidas, apostar nesses eventos e, assim, ganhar dinheiro em sites de jogos e apostas.
CBF, clubes e casas e apostas na CPI – Relator da CPI, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) quer investigar todas as séries do campeonato brasileiro e chamar clubes, árbitros, casas de apostas, a CBF e as federações estaduais para as audiências. Carreiras também convidou o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, também deputado federal (PSB-RJ), para participar da CPI, que aceitou colaborar com as investigações.