Saúde Pública foi pauta dos discursos da Sessão Plenária na Assembleia Legislativa do Amazonas, desta terça-feira (14)

Os discursos dos deputados na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na Sessão Ordinária desta terça-feira (14), presidida pelo deputado Roberto Cidade (UB), foram relacionados à temática da saúde. Primeira a se pronunciar, a deputada Dra Mayara (Republicanos) mostrou a falta de atenção adequada com as pessoas que sofrem de epidermólise bolhosa, condição que faz com que surjam bolhas na pele ao mero sinal de atrito.

Segundo a parlamentar, o Governo do Amazonas não tem prestado assistência adequada a essas pessoas. “Isto nos levou à necessidade da criação de um programa estadual de assistência às crianças e adultos com a doença. É uma doença congênita onde a pessoa tem uma sensibilidade muito grande na pele e nas mucosas, chegando a perder pele, abrindo feridas, sendo estigmatizadas, apesar de não ser uma doença contagiosa. Elas precisam de remédios e cuidados custosos, curativos e, pensando nestes pacientes, que são 802 pessoas diagnosticadas, e nos últimos anos foram 121 mortes, então é importante o olhar diferenciado para o diagnóstico porque é muito difícil para estas famílias arcarem com esse tratamento, que é de alto custo, por isso precisam desse apoio do poder público”, afirmou.

Apoio dos colegas parlamentares ao combate o câncer de colo de útero no Amazonas foi solicitado pelo deputado Rozenha (PMB). Segundo ele, o Amazonas carrega um troféu que infelizmente não deveria ser carregado. Temos o maior numero de mulheres que mais morrem de câncer do colo de útero, pois no interior elas não têm acesso aos exames.

“Quando elas vem à Manaus, o estágio da doença está avançado. Precisamos destacar em orçamento uma maneira de atender os cinco polos do interior com mutirões perenes e, com isso, reduzir esse número e salvar 300 mil mulheres por ano”, afirmou.

Casos de feminicídio

A deputada Alessandra Campêlo (Podemos) lamentou dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que aponta o aumento dos casos de feminicídio em relação ao ano passado. De acordo com a parlamentar que preside a Procuradoria da Mulher da Aleam, o Fórum apontou o aumento dos casos em todo país, citando que no Amazonas, no primeiro semestre do ano passado, foram oito casos e em 2023 já foram 15 casos de mulheres assassinadas por seus companheiros, namorados, ex-companheiros e ex-namorados, pois  querem se libertar do relacionamento abusivo e eles não aceitam.

“Isso incomoda e fere de morte nós mulheres. Não podemos deixar de falar disso um dia sequer, não é aceitável que as mulheres vivam nesta insegurança e que não depende exclusivamente da segurança pública, é fruto do machismo”, lamentou.