Rede de proteção no Amazonas realiza 25 mil atendimentos

A rede de proteção do Amazonas alcançou mais de 25 mil atendimentos a mulheres em situação de violência em 2024. A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), incluiu serviços psicossociais, jurídicos e encaminhamentos. Essas ações integram esforços para combater a violência de gênero, garantindo apoio às mulheres em momentos de vulnerabilidade.

Atendimentos promovem segurança e empoderamento

O Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream) destacou-se como principal ponto de apoio, oferecendo suporte psicossocial essencial para as vítimas. Marislane Brito, uma das assistidas, relata como a ajuda recebida foi crucial para sua recuperação emocional. “Agora, sinto mais segurança e empoderamento para superar os traumas e investir em mim mesma”, afirmou. Em três meses de acompanhamento, ela passou a enxergar novas possibilidades de vida e incentiva outras mulheres a buscarem ajuda.

Resultados expressivos em 2024

O projeto Direitos, Equidade, Liberdade, Autonomia e Segurança entre as Mulheres (Delas) contabilizou cerca de 10 mil atendimentos diretos. Além disso, 356 acolhimentos e mais de 7 mil encaminhamentos para serviços especializados foram realizados. Palestras e rodas de conversa impactaram mais de 8 mil pessoas, promovendo conscientização em todo o estado. O Delas também colaborou para que 16 mulheres concluíssem os estudos, reforçando o papel da educação na transformação social.

Capacitação e ampliação da rede de apoio

Em 2024, a implementação do protocolo “Não é Não” fortaleceu o combate à violência de gênero em bares e restaurantes. Com apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 675 profissionais foram capacitados para lidar com situações de risco. Além disso, a construção da Casa da Mulher Brasileira, prevista para 2025, ampliará ainda mais a assistência às vítimas no Amazonas.

Rede de proteção

A Sejusc tem diversos mecanismos em prol dos direitos da mulher, entre eles, o Sapem, que faz atendimento social e psicológico; o Cream, que realiza o acompanhamento psicossocial, cursos de capacitação, resgate da autoestima e atendimento familiar; e o aplicativo Alerta Mulher, que auxilia as vítimas em caso de descumprimento de medida protetiva.

Além disso, possui a Casa Abrigo Antônia Nascimento Priante (CAANP), instituição destinada ao abrigamento de mulheres e seus filhos que estejam correndo risco iminente de morte.

No interior, os municípios de Itacoatiara, Maués, Tefé, Parintins, Humaitá e Tabatinga, dispõem do Serviço de Apoio à Mulher, Idoso e Criança (Samic), com atendimento humanizado para esses públicos.

A secretária executiva da SEPM, Lilian Gomes, destacou que todos os mecanismos que o Governo do Amazonas dispõe cumprem os requisitos dispostos na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e demais legislações de proteção à mulher em vigência.

“Possuímos a porta de entrada para essa mulher, por meio dos Sapem, em todas as zonas da capital, além do Cream com os atendimentos, a Casa Abrigo, com acolhimento e muito mais. Nós atendemos todos os casos de violência, não apenas a física, mas também a psicológica, moral, patrimonial, sexual, tráfico de mulheres e assédio sexual”, pontuou.

Nas ações desenvolvidas pela pasta, o projeto também conta com a unidade móvel itinerante, o “Ônibus da Mulher”, que leva serviços especializados da rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e familiar no Amazonas.

Foto: Arquivo Pessoal e Divulgação Sejusc

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