Rede de combate à exploração de crianças e adolescentes realiza nova reunião no TJAM

Dando continuidade à discussão de um fluxograma de atendimento às crianças e adolescentes em situação de rua, foi realizada mais uma reunião na Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na manhã desta quinta-feira (21). O encontro da Rede de Proteção contou também com a participação do deputado estadual, Álvaro Campelo (Progressistas), que preside a Comissão de Promoção e Defesa das Crianças, Adolescentes e Jovens da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Entre as discussões, foram pontuados o acompanhamento e monitoramento dos casos, a divisão dos trabalhos que serão distribuídos entre os órgãos e organizações da sociedade civil do município e do estado, a fim de dar a necessária efetividade às ações.

A desembargadora, Joana Meirelles, explica que o objetivo do fluxograma é proporcionar a redução da presença de crianças e adolescentes nos semáforos. “A coordenadoria da Infância e da Juventude do TJAM, junto com os demais parceiros da Rede de Proteção, conseguimos que fosse montado um fluxograma para que cada um saiba o seu papel. Porque não é só retirar a criança da rua naquela hora, porque no outro dia ela volta. Temos que saber o porquê de ela estar ali. Se está abandonada pela família ou se está sendo explorada”, afirmou Meirelles.

O deputado Álvaro Campelo destacou o empenho de todos os órgãos e entidades em contribuir para que essa situação, agravada pela pandemia, seja revertida. “Temos debatido isso com muita frequência e todo trabalho que tem sido realizado já resulta em uma redução sensível de crianças nos semáforos. Inclusive, através da nossa Comissão que tem ido às ruas, conscientizando as pessoas de que aquele aparente gesto de solidariedade, de dar dinheiro para uma criança, na verdade está fazendo com que ela permaneça ali, sem a oportunidade de estar numa escola, exposta a doenças, ao tráfico de drogas e até a sofrer uma violência sexual” pontuou o parlamentar.

Além do Tribunal de Justiça e da Assembleia Legislativa, a reunião contou também com representantes da Prefeitura de Manaus, Governo do Estado, Defensoria Pública, Ministério Público,  Unicef, Conselho Tutelar, além de diversas organizações da sociedade civil do Amazonas.