Foram disponibilizados 2 mil livros paradidáticos por meio de parceria entre a Secretaria de Educação e empresas privadas
Professoras e pedagogas da rede estadual de ensino participaram do projeto ‘Viajando na Leitura’, no Instituto de Educação do Amazonas (IEA), Centro de Manaus. O projeto é voltado para a formação docente e visa estimular a aplicação do conhecimento literário a alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
A iniciativa é resultado da parceria entre a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, a Editora Evoluir e as empresas Jatobá e White Martins. O projeto resultou na doação de 2 mil livros paradidáticos às escolas do estado para complementar a apresentação de conteúdos educacionais e, também, aproximar a literatura da prática docente.
“Foi aceita essa parceria por meio de uma carta de anuência, visto que a Secretaria analisou e aceitou a proposta. As empresas oferecem recursos para o projeto acontecer, ou seja, não tem custo para a Secretaria. Nós trabalhamos toda a logística”, destacou a assessora pedagógica do Departamento de Política e Programas Educacionais (Deppe), Francisca França.
A formação, com carga horária de seis horas, contemplou professoras e pedagogas de todas as sete Coordenadorias Distritais de Manaus. Além dos conhecimentos pedagógicos, os docentes tiveram acesso a uma plataforma virtual com títulos áudio-descritos para Pessoas Com Deficiência (PcD).
A ação foi conduzida pela formadora Carla Luiza Silva Costa, enviada pela Editora Evoluir para apresentar as obras paradidáticas e incentivar os docentes a desenvolver os conteúdos literários em sala de aula.
“É um projeto importantíssimo de incentivo à leitura e promoção de novos autores. Tem todo um momento de degustação do acervo, de conhecer os livros, mas também de pensar, de criar um planejamento para o uso desses títulos no planejamento de aula”, disse Carla Luiza.
Literatura nas escolas
De acordo com a formadora, o conhecimento literário complementa o processo de ensino-aprendizagem e contribui para o desenvolvimento social dos estudantes, especialmente na primeira etapa da educação básica.
“Os livros aguçam a imaginação e a conexão com o contexto de cada aluno. Ele (o aluno) acessa a partir da sua especificidade, do seu território, da sua percepção e das suas relações familiares e sociais”, explicou.
Na prática
Professora do 1º ano na Escola Estadual Thomé de Medeiros Raposo, no bairro Redenção, zona centro-oeste de Manaus, Marlisses Cardoso, entende que o papel do docente é de intermediar o repasse do conhecimento produzido pelos autores. Para isso, a professora acredita que o material paradidático disponibilizado pelo projeto servirá como suporte no trabalho em sala de aula.
“Eu vou ser uma intermediária dessa leitura para essa criança. Eu vou fazer com que ela entenda exatamente o que alguém escreveu para ela interpretar da melhor forma possível a partir da imaginação dela. Então, eu exploro desde o início do livro. Depois disso, as crianças vão dizer o que entenderam”, disse Marlisses.
Após o projeto, professoras e pedagogas levam para a sala de aula um novo olhar sobre o ensino didático da Literatura e passam a estimular o despertar imaginário e o letramento literário na primeira etapa da educação nas escolas do Amazonas.
“As crianças gostam muito de leitura. Com um livro desse que eu li, já até pensei em fazer dramatização com os próprios alunos. É muito importante e ajuda muito quem ainda não sabe ler”, afirmou a professora Raimunda Pantoja, que está à frente das turmas de 1º e 2º ano na Escola Estadual Amélia Bittencourt Cardinale, no bairro Compensa, zona oeste da capital.
Fonte: Eduardo Cavalcante/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar