Projeto Putumayo-Içá une países em defesa da Bacia Hidrográfica

Reunião fortalece cooperação para o manejo da Bacia do Putumayo-Içá

Em Manaus, o projeto Putumayo-Içá reuniu representantes do Brasil, Colômbia, Equador e Peru para avançar na gestão integrada da Bacia Hidrográfica do Rio Putumayo-Içá. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) lidera a iniciativa no Brasil, visando fortalecer a governança ambiental e proteger os ecossistemas de água doce. A bacia do Rio Putumayo-Içá é a única na Amazônia que atravessa quatro países, compreendendo áreas indígenas, municípios e uma rica diversidade ecológica.

Colaboração internacional e objetivos do projeto

A parceria entre esses países é liderada pela Wildlife Conservation Society (WCS), em colaboração com o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e o Banco Mundial. Com duração de cinco anos, o projeto investirá cerca de US$ 12,8 milhões para promover ações sustentáveis em três áreas principais: fortalecimento da governança, realização de intervenções estratégicas e monitoramento. Esse apoio visa garantir que as comunidades locais participem ativamente, respeitando-se tradições e diversidade cultural.

Avanços e estrutura de governança

As reuniões desta semana discutiram planos operacionais e a implementação de aquisições e subprojetos, essenciais para a efetiva execução do projeto. Segundo Fabrícia Arruda, secretária executiva-adjunta de Gestão Ambiental da Sema, a participação social é indispensável para um diagnóstico preciso da região. A estratégia inclui respeitar as considerações de gênero e multiculturalidade, um diferencial para assegurar uma gestão que beneficie toda a bacia.

Desafios e perspectivas futuras

O Brasil foi pioneiro na assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, que agora inclui todos os países envolvidos. Maycon Castro, da Assessoria de Recursos Hídricos da Sema, aponta que o projeto busca superar desafios históricos da governança de bacias hidrográficas, promovendo uma abordagem prática alinhada com a legislação brasileira. Essa perspectiva inovadora traz a possibilidade de expandir as soluções aplicadas para outras áreas na Amazônia.

Foto: Emílio Bermeo/WCS