Depois de ocupar as ruas da cidade com intervenções de dança contemporânea no final de 2019, o projeto “Motim: Circuito de Intervenções na Rua” retorna com uma exposição fotográfica on-line, que acontece a partir deste sábado, 19/9. A iniciativa é uma contrapartida do projeto, contemplado pelo Edital Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2018, da Prefeitura de Manaus.
A exposição é composta por registros fotográficos e um vídeo das atividades do “Motim”, que aconteceram entre novembro e dezembro de 2019. As fotos são de Robert Coelho, que também assina a curadoria da mostra. O conteúdo será compartilhado aos poucos no Instagram do projeto (Instagram.com/motimmanaus), e também está disponível no Flickr, pelo link bit.ly/flickr-motim.
“A princípio, a exposição seria feita na rua, onde existe um grande fluxo de pessoas circulando, uma vez que a essência do projeto é justamente esse diálogo com a rua. Porém, fomos surpreendidos com a pandemia em março, e, por isso, decidimos fazer uma mostra on-line e reviver esses momentos por meio das redes sociais”, contou a diretora artística e idealizadora do projeto, Ana Carolina Souza.
Além da exposição virtual, 40 fotos que compõem o acervo também estarão à mostra fisicamente no sábado, 19, a partir das 17h, na Casa Criativa Vila Vagalume 80, como parte da programação de reabertura do espaço em sua nova sede, na rua Sagrado Coração de Jesus, 234, no bairro São Raimundo, zona Oeste. Para evitar aglomeração no local, a reserva de mesas pode ser feita previamente. Mais informações estão disponíveis no Instagram do local (Instagram.com/vilavagalume80)
Para Ana, a mostra física “de certa forma, é um meio de ter um diálogo com a rua e com as pessoas “reais”, de uma maneira mais democrática, uma vez que a contrapartida on-line não abrange o todo que a gente gostaria”.
Motim
No ano passado, o projeto “Motim: Circuito de Intervenções na Rua” reuniu intervenções de dança contemporânea, com temáticas sociais e políticas, com a presença de artistas locais e nacionais, como Flávia Pinheiro (PE), o grupo Fragmento Urbano (SP), Leonardo Scantbelruy (AM) e o grupo Contém Dança Cia. (AM).
As apresentações passaram por diversas zonas da cidade, em ruas e espaços públicos como a feira da Banana, praça da Glória, rotatória do Produtor, parque da Juventude, Ponta Negra, rua Marechal Deodoro e avenida J, no bairro Alvorada.
Segundo Ana, as intervenções ofereceram ao público transeunte a experiência de consumir arte além de um espaço específico, assim como outros projetos artísticos que já ocupam as ruas.
“Levar artes para as ruas às vezes pode ser uma surpresa para as pessoas que estão acostumadas a vê-las e consumi-las somente num lugar específico. Um espaço público como a rua pode ser estranho a princípio, mas traz novas possibilidades a quem está vivendo e sentindo o momento, e a rua sempre dá respostas muito honestas ao artista”, destacou.
Os artistas envolvidos no projeto também ofereceram oficinas e rodas de conversa sobre dança contemporânea e suas experiências de diálogo com o público na rua.