O projeto de residência e intercâmbio “Do polo circense internacional à arte política na periferia”, contemplado pelo Edital de Conexões Culturais 2017, lançado pela Prefeitura de Manaus, entra em fase de execução que consistirá em três etapas.
A primeira etapa do projeto de intercâmbio consiste na ida a Marselha, na França, para acompanhar a Bienal Internacional das Artes do Circo de Marselha (BIAC), que chega a sua terceira edição. O evento apresenta novas empresas que estão constantemente revolucionando as artes circenses e oferece ao público nesta edição 65 shows, incluindo criações para 272 apresentações circenses e artísticas.
A BIAC tornou-se um evento essencial para profissionais de todo o mundo e participa ativamente no desenvolvimento do circo contemporâneo internacionalmente e na atratividade e dinamismo econômico de Marselha.
Entrevistas com produtores culturais, artistas e participantes da BIAC que contam o processo de vivência em um dos maiores eventos de circo do mundo, marcam a primeira etapa do projeto de intercâmbio, como destacou a atriz, circense e proponente do projeto, Larissa Carneiro.
“O projeto corre melhor do que esperávamos. Viemos em busca de nos conectarmos com os artistas e produtores, onde a Bienal é o nosso entendimento do circo como arte política. Nesta primeira etapa, tivemos uma reunião com toda a equipe de direção e produção da Bienal. Fui muito bem recebida pela equipe, que nos presenteou com entradas para os espetáculos, que terá uma programação intensa com 65 apresentações circenses”, disse Larissa.
A segunda parada do projeto será no Coletivo de Arte Política Dolores Boca Aberta, em São Paulo. O coletivo, que trabalha na periferia, surgiu nos anos 2000, com a união de um grupo teatral que dialoga com os espaços que ocupa. Eventualmente, os espetáculos são realizados em lugares distintos como teatros municipais, Centros Educacionais Unificados da Prefeitura de São Paulo, pátios internos ou ao ar livre, assentamentos rurais e em manifestações de rua.
“A intenção deste intercâmbio é absorver toda a experiência adquirida durante a estadia em cada lugar. É importante também essa troca de experiências, de conhecer o outro, o trabalho que cada um realiza. Conhecer mais sobre os artistas, produtores, o processo de idealização e construção de cada ação”, ressaltou Carneiro.
Unindo essas duas ações, o projeto partirá para a terceira etapa que consiste na ida a um bairro mais afastado da área central de Manaus para a realização de oficinas e workshops com artistas cênicos residentes no Amazonas e, ainda, debate de produção artística na periferia.
É possível acompanhar o diário de viagem feito por Larissa Carneiro e novidades sobre as etapas do projeto pelo Instaram @cultconexoes.
Fonte: Semcom