A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por meio da Escola do Legislativo “Senador José Lindoso”, realizou nesta quarta-feira (15), um seminário do Programa “Educando pela Cultura” sobre os direitos da população de LGBTQIAPN+, sigla que abrange pessoas que são Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Polissexuais, Não-binárias e mais.
“Estamos vivendo o mês do Orgulho LGBTQIA+ e escolhemos essa temática no Educando pela Cultura. É importante que a Aleam faça esse trabalho porque aqui dentro estão os deputados estaduais que podem regulamentar as leis, que já existem em âmbito nacional, e elaborar políticas públicas que possam favorecer essa população”, explicou Jacy Braga, coordenadora do projeto.
Um dos convidados do evento, Bispo Renato Souza, da Igreja Fraternidade do Evangelho, explica que o papel da religião em relação às minorias deveria ser de orientar na identificação de sua própria sexualidade e acolhê-la. “O papel da religião deveria ser o melhor possível, com o acolhimento, proteção, respeito e cuidado. Muitas dessas pessoas não recebem isso nem na própria família, muitas vezes vão à igreja e também não encontram isso na igreja, que às vezes instrui a própria família a discriminar a pessoa”, afirmou.
Lídia Oliveira, representante da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), afirmou que o órgão tem desenvolvido uma preocupação de trabalhar a formação continuada de professores para que saibam lidar com as diferenças na sala de aula. “Sempre trabalhamos a expressão diversidade sexual de gênero, gênero entendido como uma condição humana, a sexualidade sendo mostrada aos professores e, consequentemente, aos alunos, como algo que não tem a ver com sexo, mas sim com toda uma condição física, emocional, psicológica”, explicou.
Estiveram presentes no auditório Sônia Barreto o Bispo Renato Souza, da Igreja Fraternidade do Evangelho; a professora da SEMED, Lídia Helena Oliveira; o professor doutor Jeffeson William Pereira, da Universidade Federal (UFAM) e os coordenadores do Ambulatório de Diversidade Sexual e Gênero da Policlínica Codajás, Deninson Aguiar e Daria Neves, professores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).