Profissionais de saúde participam de treinamento para ampliar oferta do exame para diagnóstico da tuberculose latente

Profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Luiz Montenegro, estrutura da Prefeitura de Manaus, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Sul, participaram, nesta quinta-feira, 13/6, da etapa final do treinamento em Técnica de Aplicação e Leitura da Prova Tuberculínica, destinada ao diagnóstico da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), que ocorre quando uma pessoa foi infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, mas ainda não apresenta a tuberculose ativa.

Coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Núcleo de Controle da Tuberculose, a capacitação integra o planejamento da Prefeitura de Manaus para a ampliação da oferta do serviço na rede municipal de saúde. Atualmente, 34 UBSs oferecem o exame e a meta é ampliar para mais seis até o mês de julho, incluindo três UBSs na zona rural da cidade.

A enfermeira Dinah Carvalho, técnica do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa e uma das coordenadoras da capacitação, informou que o treinamento é realizado em duas etapas, iniciando com a parte teórica abordando a infecção latente por tuberculose, e técnica de aplicação e leitura.

A parte prática iniciou na terça-feira, 11/6, quando os participantes do curso foram treinados para a aplicação intradérmica do PPD (derivado proteico purificado), substância aplicada no antebraço do paciente e, depois de 48 horas, o profissional de saúde pode realizar a leitura, com avaliação para identificar se houve ou não reação ao exame, verificando se o resultado é positivo ou negativo para a infecção latente. Quando o resultado do exame é positivo, o paciente deve fazer uma avaliação para iniciar o tratamento preventivo, evitando que futuramente desenvolva a tuberculose.

Dinah Carvalho explica que o treinamento faz parte do programa ExpandTPT, que tem como foco a expansão do Tratamento Preventivo da Tuberculose, e é coordenado pelo Ministério da Saúde, a Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose e o Centro Internacional de Tuberculose da Universidade McGill (Canadá).

“Também faz parte do Plano de Eliminação da Tuberculose como Problema de Saúde Pública e os treinamentos dos profissionais da rede municipal vão continuar”, afirmou Dinah Carvalho.

A Prova Tuberculínica é indicada para o acompanhamento de contatos de pacientes com diagnóstico de tuberculose ativa, que são pessoas que têm contato próximo com o paciente com tuberculose, principalmente familiares e pessoas que convivem no mesmo domicílio; diabéticos; tabagistas; pessoas vivendo com HIV; transplantados; pessoas que fazem uso de imunossupressores e que têm doenças que reduza a imunidade. Há indicação também para profissionais de saúde, que devem realizar o exame anualmente. “São pessoas que têm maior risco de se infectar ou adoecer pela tuberculose”, esclareceu Dinah Carvalho.

O enfermeiro Carlos Lopes de Azevedo, que atua na UBS Luiz Montenegro e participou do treinamento, destacou que, com a implantação do serviço na UBS, não vai ser mais necessário encaminhar pacientes para outros serviços de saúde.

“Hoje, quando chega um paciente que precisa realizar o exame, é feito o encaminhamento para Unidades de Saúde próximas. Tendo o exame aqui, na UBS, vai facilitar bastante o acompanhamento do paciente. Além disso, a UBS tem um grupo de controle de tabagismo e será possível oferecer o exame também para as pessoas que participam do grupo”, afirmou o enfermeiro.

Tuberculose

Doença infecciosa e transmissível, a tuberculose é causada pela micobactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões. O principal sintoma é a tosse e, por isso, a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas, procurando uma das unidades de saúde da rede municipal para a realização de exames. Este ano, o município de Manaus já registrou 1.388 casos de tuberculose.

A transmissão da doença ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa, ainda sem tratamento, lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas, ou seja, o bacilo é transmitido pelo ar e a infecção acontece pela respiração. Por outro lado, a tuberculose não pode ser transmitida pelo sexo, sangue contaminado, copos ou talheres, pela roupa ou outros objetos.

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Fontes: Eurivânia Galúcio/Semsa

Fotos – Divulgação/Semsa