Profissionais de saúde da prefeitura participam de evento do Ministério da Saúde

Com o objetivo de reduzir as taxas de mortalidade materna no Brasil, o Ministério da Saúde em parceria com a Prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas, iniciou na tarde desta segunda-feira, 5/7, a 1ª Oficina Regional de Qualificação da Atenção ao Pré-Natal, que apresenta o tema “Força Pré-Natal do SUS”.

O evento realizado na Unidade 5 da Fametro, localizada no bairro Chapada, zona Centro-Sul, vai qualificar 120 profissionais que atuam na ponta do Sistema Único de Saúde (SUS) em Manaus, Manacapuru e Itacoatiara.

O objetivo é colocar em prática a estratégia de qualificação do pré-natal formulada pelo Ministério da Saúde, que depois será levada às demais regiões do Brasil. O evento faz parte de um conjunto de medidas a serem realizadas por estados e municípios formalizado por meio de um termo a ser assinado na manhã desta terça-feira, 6.

“Manaus está aderindo a essa iniciativa do Ministério da Saúde, porque nossa gestão tem total interesse em reduzir, cada vez mais, os índices de mortalidade materna na capital. Temos uma secretaria de Saúde com pessoal capacitado, com estrutura adequada, mas precisamos dessas estratégias, para que possamos alcançar os nossos objetivos nesse segmento. E isso passa, também, pela qualificação dos profissionais e do atendimento”, salientou o prefeito David Almeida.

O secretário de gestão da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Djalma Coelho, acompanhou o início das atividades da oficina e explicou que o curso é uma oportunidade ímpar, para melhorar a atuação dos profissionais que prestam a assistência ao pré-natal na capital.

“Nós, da Semsa, estamos muito felizes em poder participar dessa oficina, porque estamos muito empenhados em mudar o cenário da mortalidade materna. Os servidores que atuam nas Unidades Básicas de Saúde têm feito muitos esforços para essa mudança e esse evento só fortalece esse propósito”, assegurou.

De acordo com a médica gineco-obstetra Lana de Lurdes Aguiar Lima, diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dapes), da Secretaria de Atenção Primária (Saps), do Ministério da Saúde, a opção pelo curso na modalidade presencial foi uma forma de criar vínculo com os participantes e demonstrar o olhar cuidadoso que o governo federal tem com o Amazonas.

“A gente lança hoje uma estratégia de qualificação pré-natal, que foi encomendada pelo secretário da Atenção Primária, Raphael Câmara, que esteve ao longo de três semanas aqui no Amazonas e solicitou a formulação dessa estratégia com base no que a equipe diagnosticou. A partir disso, fizemos um projeto específico para trabalharmos as fragilidades do sistema”, pontuou.

Segundo Lana de Lurdes, no ano passado os números do Ministério da Saúde referentes à mortalidade materna no Brasil já despertavam preocupação com os dados que apontavam que dez gestantes morriam por semana no país. Neste ano de 2021, esse patamar subiu para 44 mulheres grávidas com desfecho fatal por semana, sendo as regiões Norte e Nordeste as que apresentam um cenário mais preocupante.

“Nós queremos mudar essa realidade e temos uma equipe técnica no Ministério da Saúde que tem um olhar muito atento para essa pauta qualificando a assistência ao pré-natal”, reforçou.

Metodologia

Os participantes da 1ª Oficina Regional de Qualificação da Atenção ao Pré-Natal – Força Pré-Natal do SUS, integrarão três turmas que terão atividades nos turnos da manhã e da tarde.

O curso é composto por uma metodologia híbrida com um momento presencial com a capacitação basicamente em três eixos: qualificar o pré-natal na atenção primária no pré-natal de baixo risco, coordenar a qualificar o rastreamento de câncer do colo do útero e qualificar a atenção frente à sífilis para reduzir também os números de sífilis congênitas, quando os bebês são expostos a essa doença durante o pré-natal e nascem sem o tratamento adequado com uma numa doença evitável.

Um outro momento da programação contemplará uma capacitação por meio de plataforma virtual, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).