Tremores de terra no continente podem afetar a saúde predial de condomínios e edifícios comerciais
Especialista alertam síndicos e autoridades locais para vistorias periódicas em prédios residenciais e comerciais na capital amazonense devido aos tremores de terra sentido no último dia do mês de janeiro (31) como reflexo do terremoto que aconteceu na região da Guiana, de magnitude 5,7. As inspeções avaliam a vida útil das estruturas, principalmente, a das mais antigas, que não foram construídas para suportar os abalos.
Para o engenheiro civil e especialista em estruturas Thiago Maron, a intensidade do tremor que chegou na capital não deve comprometer a estrutura de prédios, porém algumas construções, por já terem patologias, podem sofrer prejuízos estruturais em consequência desses abalos. “Por isso é tão importante a vistoria periódica dessas edificações, o trabalho de prevenção é primordial para a segurança de todos”, explica o profissional.
Apesar de no Amazonas ainda não haver na legislação a obrigatoriedade da realização desse procedimento, Maron ressalta a importância para a segurança patrimonial. “Esse diagnóstico da edificação, também conhecido como Check-up Predial, é um ato preventivo em que a prioridade é zelar pela segurança. Realizar uma avaliação regular da saúde estrutural do edifício previne acidentes e garante longevidade a estrutura com os reparos corretos”, comenta.
O master em Patologias Avançadas e Perito destaca ainda que em edificações mais novas, de até 20 anos, a inspeção deve ser feita a cada cinco anos. Já em obras mais antigas, a recomendação é a cada dois ou três anos. “Quanto mais cedo a identificação de possíveis problemas, melhores os resultados de manutenção e menores os valores investidos em reformas e consertos”, justifica Maron.
De acordo com o Centro de Operações Bombeiro Militar (Cobom), no último dia 31/1, houveram ligações para o 193 dos seguintes bairros: Dom Pedro, Parque Dez, Ponta Negra e Adrianópolis. Apesar do susto, não houve registro de feridos ou danos a residências.
Texto: João Paulo Gonçalves.
Foto: Márcio James.