O Ministério Público da Argentina apresentou nesta sexta-feira (21) um pedido para que a ex-presidente e senadora Cristina Kirchner e outros 18 acusados, entre eles seus filhos, sejam levados a julgamento por suspeita de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O pedido está ligado a supostas irregularidades envolvendo empresários do setor de obras públicas através de uma empresa administrada pela família da atual senadora, no caso conhecido como Hotesur.
O pedido, assinado nesta sexta pelos procuradores Gerardo Pollicita e Ignacio Mahiques, alcança, entre outros, os filhos de Kirchner, Máximo e Florencia Kirchner, e o empresário Lázaro Báez, dedicado ao setor da construção, com vínculos muito estreitos com a família Kirchner e que está na prisão desde 2016 por outro caso.
Na investigação, os procuradores buscam determinar se a família da ex-presidente recebeu pagamentos por parte de empresários do setor de obras públicas através de contratos de hospedagem um hotel administrado pela companhia Hotesur, no qual Cristina Kirchner e seus dois filhos têm participação.
O caso teve início em novembro de 2014 por uma denúncia da então deputada opositora Margarita Stolbizer.
Em maio deste ano, o juiz responsável pelo caso, Julián Ercolini, processou Kirchner, seus filhos e sua sobrinha Romina Mercado, entre outros, por suposta lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Em novembro de 2017, a ex-presidente prestou depoimento por esse caso, negou todas as acusações e afirmou que as atividades da Hotesur tinham sido plenamente legais.
Nesta quinta, a Justiça da Argentina pediu a prisão preventiva de Cristina Kirchner por outro caso de suspeita de corrupção, conhecido como “cadernos das propinas“, uma rede de supostos subornos que envolve dezenas de empresários e ex-funcionários do governo.
Kirchner, no entanto, não foi presa porque tem foro parlamentar como senadora. Até agora, o Senado não discutiu o pedido do juiz Claudio Bonadio para retirar a imunidade da ex-presidente.
Fonte: G1