O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, fechou 2024 em 4,71%. Esse índice ficou próximo ao registrado em 2023 (4,72%) e acima do teto da meta de 4,50% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A informação foi divulgada pelo IBGE nesta semana.
Alimentação lidera alta de preços
O grupo alimentação e bebidas foi o principal responsável pela alta do IPCA-15 em 2024, acumulando um aumento de 8% nos preços. Produtos como óleos e gorduras tiveram elevação de 20,42%, enquanto carnes subiram 19,48%. Frutas, leites e derivados, além de cereais, também registraram aumentos expressivos, reforçando a pressão sobre o orçamento das famílias.
Outros grupos com alta relevante foram saúde e cuidados pessoais (6,03%) e educação (6,82%). Em contrapartida, artigos de residência tiveram o menor aumento, com 0,83%, demonstrando variações significativas entre os setores analisados.
Dezembro apresenta desaceleração
Em dezembro, o IPCA-15 avançou 0,34%, abaixo da prévia de novembro (0,62%) e de dezembro de 2023 (0,40%). Entre os itens com maior impacto no mês, destacaram-se óleo de soja (9,21%), carnes bovinas e suínas, que tiveram altas superiores a 8%.
Por outro lado, o grupo habitação registrou deflação de 1,32%, impulsionada pela queda de 5,72% na energia elétrica residencial. Essa redução se deve ao retorno da bandeira tarifária verde, aliviando os custos para os consumidores.
O IPCA-15 trimestral, conhecido como IPCA-E, ficou em 1,51% no último trimestre de 2024. Esses números mostram uma desaceleração da inflação no final do ano, embora o acumulado ainda tenha superado a meta estabelecida.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil