Em meio ao caos instaurado no país em decorrência do aumento de casos de Covid-19, deu início a uma verdadeira corrida pelas vacinas. De um lado o governo federal e seu negacionismo somado a lentidão e falta de planejamento. Do outro, governadores desesperados em salvar vidas aumentando as restrições do comércio e diminuindo seus poderes de arrecadação.
Quem será que ganha essa corrida?
Desde o dia 23 de fevereiro, em decisão do STF, os governadores e prefeitos passaram a poder comprar as vacinas contra a Covid-19 diretamente dos fabricantes, desde que, o governo Federal não cumpra com o Programa Nacional de Imunização (PNI).
Para ter uma noção do cenário, o PNI não está sendo cumprido a risca. Segundo especialistas a estratégia e o plano de imunização é totalmente outro ao que está sendo determinado hoje, pelo Ministério da Saúde.
Tecnicamente, o governo federal não está cumprindo as determinações do STF, mas ao que aprece essa questão agora está mais na esfera política do que na de saúde publica.
Entendendo a corrida
Se os governadores e prefeitos comprarem, independentemente as vacinas, eles ganham os louros do ato. Só que, pela determinação, de qualquer forma quem paga a conta é o governo federal que, mesmo pagando, não leva a fama de herói e sim de vilão.
Sendo assim, essa corrida está com o foco final em 2022, claro! E quem está pagando por isso é a população que sofre com o desgoverno e o isolamento social.
Por fim, seja governadores ou presidente da república a comprar essas vacinas, a questão é que elas não estão previstas para chegar antes do próximo semestre. Isso no quesito de grandes quantidades.
A briga politica está em seu auge e o povo, que deveria ser o protagonista dessa crise, passou a ser o refém de si mesmo.