A prematuridade na Região Norte do Brasil atingiu níveis alarmantes em 2023. Aproximadamente 35 mil bebês nasceram antes do tempo, o que representa uma taxa de 12,61%, a maior entre as regiões do país. Fatores como dificuldades de acesso à saúde, falta de educação sobre pré-natal e condições socioeconômicas precárias agravam o problema, especialmente em estados como Roraima, Acre e Amapá, onde os índices ultrapassam a média nacional de 12%.
Educação e infraestrutura impactam a saúde materna
A insuficiência na educação sexual e na orientação sobre pré-natal afeta gestantes, especialmente as mais jovens. De acordo com a professora Aurimery Chermont, da UFPA, muitas mulheres enfrentam barreiras geográficas e estruturais que dificultam o acesso ao cuidado básico. A falta de transporte adequado e de recursos em unidades de saúde contribui para a ausência de acompanhamento pré-natal em comunidades carentes.
Adolescentes e condições socioeconômicas
Na Região Norte, 19% dos partos em 2023 foram de mães com menos de 19 anos, superando a média nacional de 12%. Além disso, problemas como insegurança alimentar e saneamento básico inadequado são frequentes, aumentando o risco de partos prematuros. Especialistas apontam que intervenções específicas e investimentos em infraestrutura podem ajudar a mitigar os impactos.
Iniciativas para reduzir partos prematuros
Programas como a Rede Alyne, do Ministério da Saúde, buscam qualificar o pré-natal e melhorar o atendimento em áreas remotas. Com um investimento de R$ 400 milhões em 2023, o programa oferece suporte financeiro para a criação de ambulatórios neonatais e qualificação de profissionais. A iniciativa visa enfrentar desafios regionais, como o atendimento em comunidades indígenas e locais de difícil acesso.
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
O enfrentamento da prematuridade na Região Norte requer soluções integradas e políticas públicas que considerem as particularidades da região. Leia mais sobre saúde e bem-estar em nosso portal! https://banzeironews.com/
