A Prefeitura de Manaus, em parceria com o Instituto Cultural Brasil Estados Unidos (Icbeu), pretende implantar até o fim de outubro, oito espaços Makers, que utilizam recursos interativos e diferenciados com tecnologia e inovação, em escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 2/9, ficou definido que os laboratórios serão implementados nas Divisões Distritais Zonais (DDZs) e na Gerência de Tecnologia (GTE) da rede municipal de ensino.
A ação vai beneficiar alunos da educação infantil, ensino fundamental 1 e 2, com a utilização de iPads, aplicativos educacionais, técnicas de robótica e programação.
Conforme o diretor do Departamento de Gestão Educacional (Dege), Evaldo Bezerra, os espaços são ferramentas eficazes de aprendizagem e buscam, sobretudo, desenvolver uma educação de qualidade, utilizando recursos inovadores e aliados ao conceito da Educação 4.0.
“Estamos vivendo numa era tecnológica e as nossas escolas não podem se esquivar disso. Então o objetivo de estarmos aqui é conhecermos como funciona essas salas Makers e constatamos que esse recurso vai agregar muito na aprendizagem de nossos alunos, pois pode ser usado de forma interdisciplinar, ou seja, envolvendo uma diversidade de disciplinas a partir de recursos tecnológicos”, explicou.
Os espaços Makers se relacionam com as inovações previstas pela Educação 4.0, aliando inovações tecnológicas ao ensino, e corroboram com as metodologias ativas, que preveem que o aluno esteja no foco da aprendizagem e tenha uma formação crítica e autônoma.
De acordo com o gerente da GTE, Austônio dos Santos, o aluno pode ser protagonista da sua própria aprendizagem a partir desses espaços.
“Na perspectiva 4.0 os laboratórios Makers desenvolvem a metodologia de ensino do aprender fazendo e nessa perspectiva o aluno pode, por exemplo, desenvolver um projeto para uma impressora 3D a partir de um problema, que geralmente está atrelado ao currículo disciplinar. Nesse sentido, a gente consegue fazer com que o aluno se sinta motivado porque é uma tecnologia que aproxima ele do conhecimento e estimula a vontade de querer estudar”, completou.
Para a supervisora de tecnologia educacional do Icbeu, Cláudia Alencar, os espaços possibilitam também que os alunos usem a criatividade desenvolvendo protótipos e criando soluções inovadoras.
“O projeto LAB consiste na ideia de criar uma cultura de fazedores, que aprendem a pensar de modo criativo, desenvolvendo protótipos e criando soluções inovadoras. É um espaço interativo onde os alunos podem se reunir para criar, inventar, manipular, explorar e descobrir usando uma diversidade de materiais e instrumentos”, explicou.