Prefeitura realiza abertura do 2º Festival Literário de Manaus reunindo escritores e leitores no teatro e na praça

A Prefeitura de Manaus realizou, por meio do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), com apoio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), a abertura da segunda edição do Festival Literário de Manaus 2023 (Flim), no auditório do Teatro Gebes Medeiros, localizado no Ideal Clube, e na praça do Congresso, ambos no Centro, e contou com a participação de grandes nomes da área.

O Flim 2023 tem como tema “Literatura da nossa Gente”, e acontece de segunda a quarta-feira, 27, 28 e 29/11. O evento reúne autores locais, regionais e nacionais em mesas-redondas e outras atividades artísticas.

O presidente do Concultura, Neilo Batista, deu as boas-vindas ao público composto por professores, estudantes e leitores, lembrando da importância do festival em servir de referência intelectual para as novas gerações e contribuir para o debate e desenvolvimento das letras. “Nosso Flim está consolidado e, agora, ampliamos e levamos para a praça pública com literatura em diálogo com as demais artes, nos três dias do festival”. Ele ressaltou que Manaus tem forte tradição literária que gerou um dos maiores e mais importantes movimentos literários do país, o Clube da Madrugada.

O coordenador do Flim e vice-presidente do Concultura, Carlos Guedelha, afirmou que o evento está se consolidando no calendário cultural da cidade. “Esse festival tem o objetivo básico de estimular o segmento literário em nossa cidade, e propiciar espaços aos protagonistas da arte literária, que são o trio: autor, leitor e livro”, destacou.

Para abrir, oficialmente, o festival, foi realizada a palestra “O Direito à Literatura”, ministrada pela escritora e pesquisadora Cássia Nascimento, com mediação da professora Iná Isabel Rafael. A pesquisadora falou sobre a importância de tratar das premissas básicas da vida por meio da literatura. “Em 88, por ocasião da Constituição Federal, que trata dos direitos básicos do cidadão, algumas como dever do Estado, o escritor Antônio Cândido publica o texto Direito à Literatura, que além do direito à moradia, saúde, alimentação, também a literatura deve ser um direito, por isso, deveria estar na cesta básica do braseiro”, explicou Cássia.

Na plateia, durante a abertura, um dos participantes foi o linguista e pesquisador de língua portuguesa, Ernani Terra, autor de vários livros de gramática, que reforçou a importância da realização de festivais, como  o Flim. Terra vai palestrar com o tema “O Papel Social do Escritor”, na terça-feira, 28/11, às 15h30, no teatro Gebes Medeiros.

Programação 

Nesta terça-feira, 28/11, a programação começou às 9h, com a mesa temática “A Tradição Poética no Amazonas: Autores e Obras Essenciais”, tendo como debatedores Auricleia Neves e Gabriel Albuquerque, com mediação de Neiza Teixeira.

Às 10h30, o tema foi “A Mulher na Literatura do Amazonas”, com a ministrante Iná Isabel Rafael e a mediadora Ana Michele Martins. Seguido, às 11h30, do recital “Quarteto de Despejo: o Amargo Amarelo”, com os convidados professora Liliane Severo e estudantes da escola municipal Ulysses Guimarães. Encerramento com o recital “Sol de Feira”, com a professora Altina e estudantes da escola municipal Aristides Barreto.

Ao todo, a edição de 2023 reúne três palestrantes nacionais em mesas temáticas, com a participação de 25 convidados locais, totalizando 28 palestrantes. As editoras, sebos e livrarias participam comercializando seus acervos para o público.

Fonte: Concultura 

Fotos: Clóvis Miranda/Semcom