Levantamento realizado pelo Departamento de Informação, Controle, Avaliação e Regulação (Dicar), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), indica que no primeiro semestre de 2021, de um total de 26.054 crianças avaliadas pelas equipes de saúde do município, 1.396 apresentam obesidade, o equivalente a 5,36% do universo pesquisado. Os dados deverão embasar estratégias de ação da Prefeitura de Manaus, para contribuir com a redução dos índices de obesidade infantil na cidade.
A secretária titular da Semsa, Shádia Fraxe, explica que a obesidade infantil tem se apresentado como um problema de saúde pública em todo o mundo, impactando diretamente na redução da qualidade de vida e, consequentemente, no avanço das doenças.
“Esse é um problema que precisamos combater de forma sistemática, com ações e programas eficazes. O prefeito David Almeida, preocupado com a saúde das nossas crianças, solicitou o levantamento, realizado pela equipe de estatísticos da Semsa. A área técnica já está de posse desses dados e começará a definir as melhores ações a serem implementadas”, informa.
O relatório do Dicar/Semsa apontou que, em 2019, Manaus registrava 4,79% de obesidade em crianças de 0 a 5 anos, do total de 14.390 crianças avaliadas na rede de Atenção Primária à Saúde, índice superior ao percentual do Estado (4,26%) e da Região Norte (4,44%). O número ficou atrás, apenas, do percentual do país (4,94%).
Em 2020, houve uma pequena diminuição, de 0,11%, do total de 38.835 crianças avaliadas, equivalente a um percentual de 4,68%, inferior ao percentual da região Norte (5,14%), Estado (4,92%) e do país (5,48%).
A pesquisa foi coordenada pela nutricionista Sanay Souza Pedrosa, diretora do Dicar/Semsa. “Nosso departamento é responsável por subsidiar os departamentos e áreas técnicas com informações, visando a tomada de decisões que contribuam para melhorar a qualidade de vida da população de Manaus”, conta.
Os dados do relatório foram extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (Sisab), utilizando como base os indicadores de monitoramento da Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), instituída pelo Ministério da Saúde.
“Nossos técnicos já estão empenhados na elaboração de estratégias que viabilizem as ações de monitoramento na rede de Atenção Primária à Saúde, para o fortalecimento do cuidado à obesidade infantil no município. A população precisa entender que uma criança ‘gordinha’ não é uma criança saudável e que se esse quadro não for revertido, se tornará um adulto com doenças, que podem ser prevenidas, como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, entre outras que a obesidade pode provocar”, finaliza Shádia.