Prefeitura monitora criadouros de mosquitos em todas as zonas da cidade

A Prefeitura de Manaus vem trabalhando no monitoramento e na eliminação de criadouros dos mosquitos transmissores da dengue e da malária em mais de mil locais espalhados por todas as zonas da cidade. A ação conduzida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) tem o intuito de reduzir a infestação vetorial dos mosquitos transmissores dessas doenças em 25%, comparado com o mesmo período do ano passado.

 

“Esse é um trabalho periódico do nosso pessoal de saúde, que engloba não só o remediar, mas sobretudo o prevenir. E essa prevenção passa por um reforço nas ações que evitam que esses mosquitos se proliferem, além da conscientização das pessoas, sobretudo nesse tempo de pandemia da Covid-19. Não dá para se preocupar com um perigo e se esquecer do outro”, alertou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

 

Os Agentes Comunitários de Endemias (ACEs) dos cinco Distritos de Saúde de Manaus realizam visitas periódicas em focos de reprodução dos mosquitos e os dados são centralizados na base do setor, que fica no Distrito de Saúde Oeste. “A finalidade é reduzir a infestação vetorial nas áreas que monitoramos. É feita uma supervisão contínua, com coletas de materiais, para identificar se essas áreas estão em situação positiva ou negativa de proliferação de mosquitos”, destacou o chefe do Núcleo de Entomologia e Controle Vetorial, Edivaldo Rocha.

 

Ainda no estágio embrionário, as larvas encontradas nesses locais são levadas ao laboratório do Núcleo, para analisar se são de espécie transmissora de doenças. As larvas Anopheles darlingi são as transmissoras da malária, normalmente encontradas na zona rural, necessitam de um monitoramento periódico, pois se reproduzem em lagos e igarapés. Já as larvas do Aedes aegypti que transmitem a dengue, zika ou chikungunya, são comuns na zona urbana, se reproduzem em criadouros que podem ser facilmente eliminados.

 

O biolarvicida Natular, utilizado pelos servidores, é uma aquisição exclusiva da Prefeitura de Manaus, feita após estudos que recomendaram a sua utilização por não ser tóxico para os peixes quando aplicado em rios e igarapés. A utilização dele e da termonebulização, conhecida popularmente como fumacê, é feita sempre de modo a não afetar outros organismos que não as larvas de mosquito.

 

Nesse combate, além da termonebulização e aplicação de larvicidas para as ações de controle vetorial, há também a instalação de mosquiteiro e a borrifação intradomiciliar. “Acreditamos que, comparada com agosto do ano passado, nós tenhamos uma redução de mais de 300 casos de malária notificados no município. Nesse mesmo período em 2019, foram entorno de 790 casos confirmados, este ano tivemos 440”, relatou o chefe do Núcleo.

 

Esse trabalho acontece, principalmente, nas áreas mais rurais da cidade, mas também há ocorrências de proliferação na zona urbana, como exemplo, uma área de mato atrás da Universidade Nilton Lins com criadouros do mosquito Anopheles darlingi resultou em um surto de malária naquela região da cidade em 2018.