As ações do 1º Diagnóstico sobre Infestação do Aedes aegypti do ano de 2021, iniciado na segunda-feira, 14/6, já foram concluídas em dez bairros de Manaus. As equipes de agentes de endemias e agentes comunitários de saúde atuaram nos bairros São Raimundo, Glória, Santo Antônio, Vila da Prata e São Jorge, na zona Oeste; Flores e Parque 10, na zona Centro-Sul; Mauazinho e Colônia Antônio Aleixo, zona Leste; e Cidade de Deus, zona Norte. O trabalho é coordenado pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), e tem como meta vistoriar 25.711 imóveis, selecionados por amostragem, nos 63 bairros da cidade.
De acordo com o chefe do Núcleo de Controle da Dengue, Alciles Comape, o diagnóstico é uma estratégia de trabalho para o controle do Aedes aegypti, vetor de transmissão da dengue, zika e chikungunya, na qual são realizadas visitas domiciliares para identificar e coletar as formas imaturas (larvas) do mosquito, além de tratamento ou eliminação dos potenciais criadouros.
“Após a execução do diagnóstico, a Semsa terá um retrato mais exato sobre a infestação do mosquito em cada bairro. E, junto com o número de notificações, será elaborado um mapa de vulnerabilidade, o que vai permitir desencadear e priorizar ações de controle do mosquito nas áreas de maior risco”, destacou Alciles Comape.
A execução do diagnóstico de infestação do Aedes seguirá até o dia 28 de junho, com uma programação diária nas quatro zonas urbanas de Manaus. A ação também já foi iniciada nos bairros Puraquequara e Distrito Industrial, zona Leste; Compensa e Dom Pedro, zona Oeste; e Novo Aleixo, zona Norte.
Para quarta-feira, 16/6, haverá início da programação nos bairros Cidade Nova, zona Norte; Alvorada e Nova Esperança, zona Oeste; Aleixo, zona Sul; e Coroado, zona Leste.
Em ação realizada nesta terça-feira, 15/6, no bairro Compensa, zona Oeste, o chefe do setor de Controle de Endemias do Distrito de Saúde Oeste, Rubens Souza, destacou a importância do envolvimento da população para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, já que 90% desses criadouros podem ser encontrados dentro dos imóveis.
“O mosquito precisa desses criadouros para se proliferar, o que pode incluir vasos de planta, pneus e os depósitos de água e comida para animais domésticos, que acumulam água e favorecem a reprodução do Aedes. Então, a população precisa ficar atenta e vistoriar o próprio imóvel e eliminar o maior número possível de criadouros, reduzindo o risco de doenças”, afirmou Rubens Souza.
Durante a ação, os profissionais da Semsa também estão realizando um trabalho de Educação em Saúde, orientando os moradores sobre como identificar os sinais e sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes e sobre como eliminar os focos de reprodução do mosquito.
Para a professora Rosângela Costa, moradora do bairro Compensa que recebeu uma equipe de agentes de endemias nesta terça-feira, 15/6, o trabalho de vigilância dos moradores deve ser constante para evitar água acumulada em depósitos nos domicílios. “Acho que a população precisa tomar consciência e se mobilizar mais para evitar trazer doença para dentro de casa. Eu sempre procuro manter o quintal limpo e, principalmente após uma chuva, vou derramando toda água para evitar os mosquitos”, afirmou a professora.
Casos
Entre janeiro e maio deste ano, o município de Manaus notificou 3.813 casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, representando um aumento de 215% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 1.210 casos.