Com o tema “Formação para caminhos e práticas pedagógicas com alunos surdos”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou uma palestra alusiva ao “Dia Nacional dos Surdos”, nesta segunda-feira, 26/9, no auditório da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), localizado no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul. O evento contou com a presença de professores da modalidade das classes especiais, sala de recursos e representantes de instituições que trabalham com deficiência de surdez.
O objetivo do encontro foi propor uma reflexão e debater sobre os direitos e a luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade. A data foi instituída, de acordo com a Lei 11.796/2008, em 29 de outubro de 2008. Os surdos constituem 3,2% da população, ou seja, aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros.
A coordenadora da Gerência de Educação Especial (GEE), Liana Fabíola de Jesus, disse que o evento é muito importante para a rede municipal, pois além da comemoração, a Semed tem todo um trabalho direcionado para esse público.
“Quero agradecer ao prefeito David Almeida e à secretária da Semed, professora Dulce Almeida, pelo incentivo de um modo geral. Na Semed, nós também contamos com uma equipe que é composta por intérpretes, com professores surdos, que acompanham os alunos surdos matriculados na rede. É um trabalho direcionado, específico, com atividades adaptadas, uso de libras na primeira língua, e na segunda, o português”, disse.
A professora da sala de recurso multifuncional, Sandra Regina, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Rozendo Neto de Lima, conjunto Boas Novas, bairro Cidade Nova, zona Norte, disse que sempre é bom adquirir novos conhecimentos, que possam ajudá-la em suas atividades na escola.
“A palestra foi de grande valia com relação ao nosso fazer pedagógico. Eu atendo uma aluna com deficiência auditiva que faz uso do aparelho coclear. Isso vem me ajudar no sentido de novas práticas, ideias, com relação ao fato de você trabalhar com música, sons diferentes, até porque a aluna está se apropriando dos novos sons. Isso abriu e ampliou várias estratégias que vou utilizar pedagogicamente”, ressaltou.
Segundo a palestrante Joana Angélica, mestre em Diversidade e Inclusão e Sinais e professora da faculdade de Letras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a luta continua não apenas na data em si, mas sempre quando se trata do surdo.
“O tema foi apresentado como caminho, que proporciona uma educação mais inclusiva para o surdo. É importante entender que os caminhos são diversos, assim como a metodologia usada pelo docente, pelo diretor de uma escola, organização do currículo dentro da escola. Existem diversos caminhos para tentar alcançar um êxito na educação, seja ela de surdo ou de qualquer especificidade. Hoje tem um significado importante para o Brasil, principalmente para a comunidade surda, onde se manifesta um dia consagrado às suas lutas e conquistas”, completou.
Fonte: Semed